ATA DA CENTÉSIMA DÉCIMA SESSÃO ORDINÁRIA DA PRIMEIRA SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA TERCEIRA LEGISLATURA, EM 10-12-2001.

 


Aos dez dias do mês de dezembro do ano dois mil e um, reuniu-se, no Plenário Otávio Rocha do Palácio Aloísio Filho, a Câmara Municipal de Porto Alegre. Às quatorze horas e quinze minutos, foi realizada a segunda chamada, sendo respondida pelos Vereadores Adeli Sell, Aldacir Oliboni, Clênia Maranhão, Ervino Besson, Isaac Ainhorn, João Antonio Dib, João Carlos Nedel, Juarez Pinheiro, Marcelo Danéris, Maria Celeste, Maristela Maffei, Pedro Américo Leal e Sebastião Melo. Ainda, durante a Sessão, compareceram os Vereadores Almerindo Filho, Antonio Hohlfeldt, Beto Moesch, Carlos Alberto Garcia, Cassiá Carpes, Elói Guimarães, Estilac Xavier, Fernando Záchia, Haroldo de Souza, Helena Bonumá, Humberto Goulart, João Bosco Vaz, José Fortunati, Luiz Braz, Nereu D'Avila, Paulo Brum, Reginaldo Pujol, Sofia Cavedon e Valdir Caetano. Constatada a existência de quórum, o Senhor Presidente declarou abertos os trabalhos e determinou a distribuição em avulsos de cópias da Ata da Centésima Sexta Sessão Ordinária que, juntamente com as Atas da Centésima Quarta e Centésima Quinta Sessões Ordinárias, deixou de ser votada face à inexistência de quórum deliberativo. À MESA, foram encaminhados: pelo Vereador Estilac Xavier, o Projeto de Lei do Legislativo nº 294/01 (Processo nº 4546/01); pelo Vereador João Carlos Nedel, 45 Pedidos de Providências; pelo Vereador Raul Carrion, Líder da Bancada do PC do B, as Emendas nºs 08 e 09 ao Projeto de Lei Complementar do Executivo nº 007/01 (Processo nº 3939/01); pelo Vereador Reginaldo Pujol, 01 Pedido de Providências; pelo Vereador Sebastião Melo, o Pedido de Informações nº 224/01 (Processo nº 4572/01). Do EXPEDIENTE, constaram os Ofícios nºs 595, 596 e 597/01, do Senhor Prefeito Municipal de Porto Alegre. Após, constatada a existência de quórum, foi aprovado Requerimento do Vereador Raul Carrion, solicitando Licença para Tratar de Interesses Particulares, do dia dez ao dia doze de dezembro do corrente, tendo o Senhor Presidente declarado empossado na vereança o Suplente Juberlei Bacelo, informando que Sua Excelência integrará a Comissão de Urbanização, Transportes e Habitação. Na ocasião, foram apregoadas Declarações firmadas pelo Suplente Estilac Xavier, Líder da Bancada do PT, informando o impedimento dos Suplentes Darci Campani, José Valdir e Berna Menezes em assumirem a vereança no dia de hoje, em substituição ao Vereador Raul Carrion. Em continuidade, por solicitação do Vereador Adeli Sell, foi realizado um minuto de silêncio em homenagem póstuma à jornalista Aura Campos Dornelles, falecida no dia de ontem. A seguir, o Senhor Presidente concedeu a palavra, em TRIBUNA POPULAR, ao Senhor Émerso Gonçalves dos Santos, representante da Cooperativa Habitacional Cavalhada Jardim Camaquã - COOPERCAM, que se manifestou sobre os problemas enfrentados por ocupantes de área pertencente ao Instituto Nacional do Seguro Social - INSS - localizada no Jardim Camaquã, solicitando o apoio deste Legislativo para a busca de uma solução para o problema habitacional verificado nessa área. Na ocasião, nos termos do artigo 206 do Regimento, os Vereadores Nereu D'Avila, João Antonio Dib, Clênia Maranhão, Haroldo de Souza, Sebastião Melo, Marcelo Danéris, Luiz Braz, Carlos Alberto Garcia e Elói Guimarães manifestaram-se acerca do assunto tratado durante a Tribuna Popular. Após, o Senhor Presidente concedeu a palavra ao Senhor Émerso Gonçalves dos Santos, que agradeceu as manifestações formuladas pelos Senhores Vereadores. Às quatorze horas e cinqüenta e oito minutos, os trabalhos foram regimentalmente suspensos, sendo retomados às quatorze horas e cinqüenta e nove minutos, constatada a existência de quórum. A seguir, o Senhor Presidente registrou o transcurso, no dia de hoje, do aniversário do Vereador Haroldo de Souza, procedendo à entrega, em nome da Mesa Diretora, de um cartão de felicitações a Sua Excelência. Em COMUNICAÇÕES, o Vereador João Bosco Vaz relatou agressões praticadas por integrantes de torcida organizada Garra Tricolor contra os jornalistas Cristiano Silva e Diogo Rímoli, afirmando que esses profissionais continuam recebendo ameaças à sua integridade física e solicitando providências por parte da direção do Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense no sentido de solucionar essa questão. Na ocasião, o Senhor Presidente registrou a presença do Vereador Jaques Picard, do Partido Verde e do Conselho Municipal de Corbeil-Essonnes, França, e do Senhor Jean-Luc Pelletier, da Organização Não-Governamental Frères des Hommes. Em COMUNICAÇÕES, o Vereador Pedro Américo Leal registrou o transcurso, no dia sete de dezembro do corrente, do qüinquagésimo aniversário de fundação da Associação dos Diplomados da Escola Superior de Guerra - ADESG, tecendo considerações acerca dos cursos oferecidos pela Escola Superior de Guerra e destacando a qualidade e a relevância dos conhecimentos oferecidos por essa Escola. O Vereador Luiz Braz, reportando-se ao pronunciamento efetuado pelo Senhor Émerso Gonçalves dos Santos em Tribuna Popular, criticou a atuação do Partido dos Trabalhadores à frente da Prefeitura Municipal de Porto Alegre. Também, reportou-se à legislação municipal em vigor, a qual veda a circulação de veículos de tração animal nas ruas do Centro, propugnando pela adoção de medidas que viabilizem o efetivo cumprimento dessas normas. O Vereador Marcelo Danéris manifestou-se sobre o Projeto de Lei Complementar do Executivo nº 007/01, que estabelece a progressividade nas alíquotas do Imposto Predial e Territorial Urbano - IPTU, salientando a necessidade de que essa proposta seja aprovada pela Câmara Municipal de Porto Alegre e comentando aspectos atinentes à Mensagem Retificativa enviada pelo Executivo Municipal ao referido Projeto. A Vereadora Maria Celeste registrou o transcurso, no dia de hoje, do Dia Mundial dos Direitos Humanos, informando a publicação, no dia cinco de dezembro do corrente, do Relatório dos Direitos Humanos, de autoria da Rede Social de Justiça e Direitos Humanos e analisando as principais conclusões constantes nesse documento, notadamente no que se refere à tortura, à violência urbana e rural e aos direitos econômicos e sociais. A Vereadora Maristela Maffei dissertou sobre as políticas econômicas neoliberais atualmente verificadas no mundo, procedendo à leitura de trechos de artigo de autoria do Deputado Estadual Flávio Koutzii, Chefe da Casa Civil do Estado do Rio Grande do Sul, alusivo ao assunto. Também, defendeu a atuação do Partido dos Trabalhadores à frente do Governo do Estado. O Vereador Valdir Caetano teceu considerações sobre os problemas verificados no sistema de segurança pública do Rio Grande do Sul, comentando dados estatísticos referentes ao aumento dos índices de criminalidade urbana em Porto Alegre e criticando a atuação do Senhor José Paulo Bisol como Secretário Estadual da Justiça e da Segurança. Também, reportou-se à realização, ontem, da 1ª Feira Beneficente de Artesanato. O Vereador Humberto Goulart externou sua preocupação quanto à situação verificada na Cooperativa de Trabalho Médico UNIMED, notadamente quanto à proposta feita por essa Cooperativa, no sentido de promover a redução de trinta por cento dos valores por ela pagos a título de exames, o que gerou o descredenciamento, junto à UNIMED, de vários laboratórios de análises clínicas. Nesse sentido, informou que solicitará informações quanto ao fato. Em PAUTA, Discussão Preliminar, estiveram: em 1ª Sessão, os Projetos de Resolução nºs 113 e 115/01, discutidos pelos Vereadores Adeli Sell e Elói Guimarães; em 4ª Sessão, o Projeto de Resolução nº 107/01, discutido pelos Vereadores Adeli Sell, João Carlos Nedel e Juarez Pinheiro. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, o Vereador Antonio Hohlfeldt teceu considerações acerca de denúncias de irregularidades em relação à cobrança de multas pelo Departamento Municipal de Limpeza Urbana, salientando que até a presente data não houve manifestação da Direção do órgão quanto ao assunto. Também, discorreu sobre Concurso Público para o cargo de Assistente Administrativo da Prefeitura de Porto Alegre, afirmando que o mesmo foi realizado sem que os respectivos cargos tivessem sido criados. A seguir, foi iniciada a ORDEM DO DIA e apregoado o Projeto de Resolução nº 117/01 (Processo nº 4609/01), de autoria da Mesa Diretora. Às dezesseis horas e vinte e três minutos, os trabalhos foram regimentalmente suspensos, sendo retomados às dezesseis horas e trinta e dois minutos, constatada a existência de quórum. Em continuidade, foi aprovado Requerimento verbal do Vereador Fernando Záchia, solicitando alteração na ordem de apreciação da matéria constante na Ordem do Dia. Também, foi apregoada a Emenda nº 01, de autoria do Vereador Estilac Xavier, Líder da Bancada do PT, ao Projeto de Lei do Executivo nº 014/01 (Processo nº 2386/01). Em Discussão Geral e Votação, foi aprovado o Projeto de Lei do Executivo nº 035/01. Foram aprovados os seguintes Requerimentos, solicitando a retirada de tramitação de matérias: de autoria do Vereador Paulo Brum, com referência às Emendas nºs 02 e 03, apostas ao Projeto de Lei do Legislativo nº 196/99 (Processo nº 3583/99); de autoria do Vereador Raul Carrion, com referência às Emendas nºs 08 e 09, apostas ao Projeto de Lei Complementar do Executivo nº 007/01 (Processo nº 3939/01). Em Discussão Geral e Votação, foram aprovados o Projeto de Lei do Executivo nº 036/01 e os Projetos de Resolução nºs 111 e 112/01. Em Votação Nominal, 2º Turno, foi aprovado o Projeto de Emenda à Lei Orgânica nº 005/01, com ressalva da Emenda nº 01 a ele aposta, por vinte e nove votos SIM, tendo votado os Vereadores Aldacir Oliboni, Almerindo Filho, Antonio Hohlfeldt, Beto Moesch, Cassiá Carpes, Elói Guimarães, Ervino Besson, Fernando Záchia, Haroldo de Souza, Helena Bonumá, Humberto Goulart, Isaac Ainhorn, João Antonio Dib, João Bosco Vaz, João Carlos Nedel, José Fortunati, Juarez Pinheiro, Luiz Braz, Marcelo Danéris, Maria Celeste, Maristela Maffei, Nereu D'Avila, Paulo Brum, Pedro Américo Leal, Reginaldo Pujol, Sebastião Melo, Sofia Cavedon, Valdir Caetano e Juberlei Bacelo. Foi aprovada a Emenda nº 01, aposta ao Projeto de Emenda à Lei Orgânica nº 005/01, por vinte e sete votos SIM, tendo votado os Vereadores Aldacir Oliboni, Almerindo Filho, Antonio Hohlfeldt, Beto Moesch, Cassiá Carpes, Elói Guimarães, Ervino Besson, Fernando Záchia, Haroldo de Souza, Helena Bonumá, Humberto Goulart, Isaac Ainhorn, João Antonio Dib, João Bosco Vaz, João Carlos Nedel, Juarez Pinheiro, Luiz Braz, Marcelo Danéris, Maria Celeste, Maristela Maffei, Nereu D'Avila, Paulo Brum, Pedro Américo Leal, Reginaldo Pujol, Sebastião Melo, Sofia Cavedon e Juberlei Bacelo. Em Discussão Geral e Votação, foram aprovados o Projeto de Lei do Legislativo nº 196/99 e a Emenda nº 01 a ele aposta. Na ocasião, foi apregoada a Emenda nº 10, proposta pelo Vereador Paulo Brum e assinada pelo Vereador Reginaldo Pujol, Líder da Bancada do PFL, ao Projeto de Lei Complementar do Executivo nº 007/01 (Processo nº 3939/01). Em Discussão Geral e Votação, esteve o Projeto de Lei Complementar do Executivo nº 007/01, o qual foi discutido pelos Vereadores Juarez Pinheiro, Luiz Braz, Adeli Sell, Sebastião Melo e Sofia Cavedon. Durante a apreciação do Projeto de Lei Complementar do Executivo nº 007/01, o Vereador Paulo Brum cedeu seu tempo de discussão ao Vereador Luiz Braz. Às dezessete horas e vinte e oito minutos, constatada a inexistência de quórum, em verificação solicitada pelo Vereador João Antonio Dib, o Senhor Presidente declarou encerrados os trabalhos, convocando os Senhores Vereadores para a Sessão Extraordinária a ser realizada a seguir. Os trabalhos foram presididos pelos Vereadores Fernando Záchia, Helena Bonumá, Paulo Brum e Ervino Besson e secretariados pelas Vereadoras Helena Bonumá e Maria Celeste, esta como Secretária “ad hoc”. Do que eu, Helena Bonumá, 1ª Secretária, determinei fosse lavrada a presente Ata que, após distribuída em avulsos e aprovada, será assinada por mim e pelo Senhor Presidente.

 

 


O SR. PRESIDENTE (Ervino Besson): O Ver. Raul Carrion solicita Licença para Tratar de Interesses Particulares no período de 10 a 12 de dezembro.

 

(Obs.: Foi aprovado Requerimento de licença do Ver. Raul Carrion, e dada a posse ao Suplente, conforme consta na Ata.)

 

O SR. ADELI SELL (Requerimento): Solicito um minuto de silêncio pelo falecimento da servidora da Prefeitura de Porto Alegre, a Jornalista Aura Campos Dornelles, que deu uma contribuição muito importante para o turismo em nossa Cidade.

 

O SR. PRESIDENTE (Ervino Besson): Esta Mesa lamenta profundamente e defere o Requerimento de V. Ex.ª.

 

(É feito um minuto de silêncio.)

 

Passamos à

 

TRIBUNA POPULAR

 

O Sr. Émerso Gonçalves dos Santos, representando a Cooperativa Habitacional Cavalhada Jardim Camaquã, está com a palavra, pelo tempo regimental de 10 minutos.

 

O SR. ÉMERSO GONÇALVES DOS SANTOS: Quero dizer aos Vereadores presentes que o Sr. Aloízio José Ihan Ferreira não pôde comparecer, e que, por isso, eu, Émerso Gonçalves dos Santos, venho representar a Cooperativa Habitacional Cavalhada Jardim Camaquã.

Boa-tarde a todos. Agradeço aos integrantes da Mesa por esta oportunidade. Agradeço, especialmente, ao Ver. Nereu D’Avila que nos deu a oportunidade de comparecer aqui na Câmara de Vereadores.

A nossa história começou há alguns anos, em outubro de 1996, com a ocupação dos moradores da Vila Jardim Camaquã. Em 1999, veio o Pedido de Reintegração de Posse do INSS. Por isso, nós formamos uma Comissão que era liderada pelo Sr. Amílton Conceição e Dona Natália Maria Bento. Nessa Comissão, nós tomamos a iniciativa de formar uma cooperativa habitacional, hoje a Cooperativa Habitacional Cavalhada Jardim Camaquã. Na formação da Cooperativa houve muitos incentivos do DEMHAB, que nós sabemos que é o Departamento Municipal de Habitação de Porto Alegre, sendo que esse incentivo foi apenas verbal. No decorrer do tempo de formação da Cooperativa, veio o segundo Pedido de Reintegração de Posse, já que no primeiro, nós conseguimos a permanência dentro da área. No segundo pedido de reintegração de posse, o INSS ganhou por maioria de votos na 4ª Vara da Justiça Federal, e agora estamos debatendo sobre a questão de permanência dentro da área, até com o apoio do DEMHAB, tentando o aval também do próprio INSS.

Tivemos uma reunião no dia 6 de novembro de 2001, na qual debatemos sobre a questão de permanência dentro da área, até com o aval do próprio INSS. O DEMHAB pediu a consulta à SPM, para ver o Projeto do INSS, em que já estaria sendo feito um estudo de viabilidade urbanística. Ficou constatado que esse estudo não estaria registrado dentro da área do INSS, mas, como nós sabemos, os critérios do Orçamento Participativo, em demandas a respeito de aquisição de área, não são favoráveis. Não adianta o DEMHAB dizer para os cooperativados da Cooperativa, que há condições de buscar via Orçamento ou Temática de Organização da Cidade, porque não é viável, pendendo os critérios técnicos.

Também há um inciso do Estatuto da Cidade, dos Direitos e Garantias Fundamentais: o inciso 28 do art. 5º, que diz que “a criação de associações e, na forma da lei, de cooperativas independe da autorização, sendo vedada a interferência estatal em seu funcionamento.” Hoje, o DEMHAB está coordenando as Cooperativas. Isso é muito grave, porque as cooperativas são cooperativas autogestionárias, e a gente sabe que o DEMHAB não pode intervir no funcionamento das cooperativas. E isso está acontecendo. Se os Vereadores não sabiam, nesta ocasião, isso está acontecendo, hoje.

Por isto, nós estamos aqui, hoje: para debater esta questão e pedir o apoio dos Vereadores para que, juntos a nós, possamos achar uma saída para a nossa questão, que é uma possível compra da área do INSS, com o apoio dos moradores, é claro. Mas, também, o DEMHAB tem algumas questões a dever para nós.

A SPM depende plenamente do registro do INSS e, sendo feito o desmembramento da gleba do Jardim Camaquã, a SPM vai aprovar o Projeto e, depois, feita a nossa questão, que é uma gleba menor. Hoje, nós temos cerca de cento e dez famílias dentro dessa gleba menor, Jardim Camaquã. Eu penso que é uma questão de consciência, porque a política habitacional de Porto Alegre não está funcionando, e nós sabemos disso. O DEMHAB está deixando muito a desejar, e eu não venho, aqui, para criticar partes políticas, mas, sim, no dever de cidadão de fazer a regularização fundiária, porque não está acontecendo isso e nós sabemos que a questão se baseia na gleba Jardim Camaquã.

Também, a respeito dos critérios técnicos do Orçamento Participativo, o que o DEMHAB fala para as cooperativas, para conseguir algum financiamento?

Ele fala: “Vocês têm que participar do Orçamento Participativo, vocês tem que participar da Temática de Organização da Cidade.” As comunidades, as pessoas participam, mas sabem que não vão poder conseguir, porque não existe financiamento para aquisição de áreas irregulares, e isso é uma coisa muito grave. Inclusive, a Cooperativa - COOPERCAM - faz parte do Fórum das Cooperativas, e estamos tentando buscar uma lei, dentro da Câmara de Vereadores, com o apoio dos Vereadores, para formalizar a aquisição de área, até tentando ver a Constituição Federal, porque não é viável uma lei que impeça a outra, mas isso a gente está tentando buscar, e também o financiamento para as cooperativas habitacionais, que no momento existe somente pela temática, e até está dando muitos problemas a respeito desta questão dos financiamentos da temática. É isso aí. Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Ervino Besson): Obrigado Sr. Émerso. Convido o senhor para fazer parte da Mesa.

O Ver. Nereu D’Avila está com a palavra nos termos do art. 206 do Regimento.

 

O SR. NEREU D’AVILA: Sr. Presidente e Srs. Vereadores, nós queremos saudar o Émerso da Cooperativa Habitacional Jardim Camaquã; o Aloízio que não pôde vir e a toda a Diretoria da Cooperativa. Nós estamos acompanhando, inclusive desde o tempo do Carlos Martins, que era o nosso Presidente da Zonal, Presidente da Cooperativa, essa problemática do INSS que vem se arrastando. Há poucos dias eu compareci no Tribunal Federal Regional, ali na Mostardeiro, e assisti o julgamento, que novamente deu ganho de causa, já em instância superior, ao INSS. Agora a Dr.ª Luiza Cassales, da 4ª Vara, criticou publicamente, para todo mundo que estava lá ouvir, a atitude do DEMHAB, a Prefeitura, que tinha telefonado um dia anterior para saber se o julgamento estava confirmado, ou seja, estava empurrando com a barriga. Aponto de a Juíza sair do sério e falar que o DEMHAB tem que assumir essas áreas não na última hora, mas isso é um assunto que vem há muito tempo, secundariamente, sendo tratado pelo DEMHAB.

O que o DEMHAB deve fazer, V. S.ª disse muito bem da tribuna, é que o pessoal dessa área vai ser despejado. O INSS acaba de novamente ganhar na Justiça, agora tem embargos para lá e para cá para protelar, por parte dos moradores que estão já no desespero, que vão ser mais dia menos dia despejados. Isso já é claro. A causa é ganha para o INSS, juridicamente. Então, o que é que cabe? Cabe aqui, exatamente, o foro, e eu sugeri a vinda de vocês aqui, porque é uma questão política eminentemente. E se depender de nós, evidentemente que estamos abertos aqui para qualquer tipo de providência legislativa. Agora, depende, fundamentalmente, do DEMHAB, da Prefeitura, do Executivo para dizer se há uma área de risco, se tem de fazer financiamento, com quem, e se depende de autorização legislativa. Hoje de manhã tivemos aqui uma CPI e ficou claro, na intervenção do Ver. João Dib, que nós, em nove dias, quando o Jardim Leopoldina precisou, porque estava a polícia lá no despejo dos que invadiam o Jardim Leopoldina, aprovamos uma lei que, aliás, foi mal elaborada e não foi obedecida, porque era autorizando o DEMHAB e a Prefeitura que foi quem assinou os contratos.

Finalizo dizendo que chegamos, agora, à beira do abismo. Ou seja, os moradores vão ser despejados. Então, o DEMHAB tem de tomar uma providência, é bom que tome logo, porque os recursos estão terminando na Justiça e não dá para chegar uma semana antes do despejo e perguntar: “E agora, para onde vão os moradores?” Essa é a questão fundamental a ser resolvida imediatamente. Muito obrigado, em nome do PDT.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Ervino Besson): O Ver. João Antonio Dib está com a palavra nos termos do art. 206 do Regimento.

 

O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Sr. Presidente e Srs. Vereadores, Sr. Émerso Gonçalves dos Santos, em primeiro lugar, eu quero dizer, em nome da minha Bancada, que nós desejamos que vocês tenham, imediatamente, uma solução correta e justa. Estranhamos que tenha demorado tanto tempo. Mas, por mais que eu não queira fazer críticas, eu sou um observador, e eu ouvi V. S.ª dizer que o Orçamento Participativo não admite essa compra de área. Eu nunca entendi, porque um dia perguntei para o Prefeito onde estava a autorização do Orçamento Participativo para comprar o Jardim Leopoldina pelo dobro do preço, e essa ata eu nunca recebi. Mas lá não precisou o Orçamento Participativo. Agora no Camaquã, talvez tenha menos gente, menos possibilidades eleitorais, aí precisa o Orçamento Participativo.

Mas desejamos ao senhor e a todos os seus companheiros de sofrimento, muito sucesso. Saúde e paz! Muito obrigado.

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Ervino Besson): A Ver.ª Clênia Maranhão está com a palavra nos termos do art. 206 do Regimento.

 

A SRA. CLÊNIA MARANHÃO: Sr. Presidente, Sr.as Vereadoras e Srs. Vereadores, em nome da nossa Bancada queremos saudar o representante da Cooperativa Habitacional Jardim Camaquã. Nós temos acompanhado, assim como muitos outros Vereadores desta Casa, o trabalho que tem sido feito pela Cooperativa, pela Associação dos Moradores no sentido de garantir a permanência dos moradores que vivem lá há tantos anos, na área do Jardim Camaquã. Temos acompanhado as dificuldades nas negociações com o INSS e a falta de capacidade com que o DEMHAB tem demonstrado, que deveria ser sua responsabilidade, na solução do impasse para o estabelecimento das pessoas em definitivo naquela área.

Nós temos, inclusive, visto a aflição de vários moradores que têm procurado os gabinetes dos Vereadores por causa da morosidade da decisão e da insegurança que gera em conseqüência disso. Nós sabemos que com vontade política e com a agilização do processo, por parte do DEMHAB, essa situação não necessitaria estar como está hoje, naquela região da Cidade. É fundamental, portanto, que se garanta uma ação imediata para que aquela área do Jardim Camaquã seja considerada uma área especial, de interesse social, e que se viabilize a aquisição da área por parte do Executivo para que a Cooperativa possa fazer as suas atividades e garantir aos moradores do Jardim Camaquã o fim dessa verdadeira peregrinação que vocês têm feito através da Cooperativa, através da Associação, através de lideranças do Jardim Camaquã.

Quero aqui reafirmar, em nome da nossa Bancada, o apoio a luta que vocês estão desenvolvendo e dizer que seguramente esta Casa se colocará à disposição de todos os moradores para a resolução do problema. Muito obrigada.

 

(Não revisto pela oradora.)

 

O SR. PRESIDENTE (Ervino Besson): O Ver. Haroldo de Souza está com a palavra nos termos do art. 206 do Regimento.

 

O SR. HAROLDO DE SOUZA: Sr. Presidente, Sr.as Vereadoras e Srs. Vereadores, eu quero saudar carinhosamente o representante da Cooperativa Habitacional Cavalhada-Jardim Camaquã e dizer que entendo, não sei se não acima da própria saúde, da educação, não está a moradia, uma coisa importantíssima para o ser humano. Muito importante! E, por isso, eu gostaria que o senhor soubesse da minha disposição, da disposição do Partido Humanista da Solidariedade para que o senhor possa, ao precisar, contar conosco para que possamos realmente fazer alguma coisa dentro das nossas possibilidades. Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Ervino Besson): O Ver. Sebastião Melo está com a palavra nos termos do art. 206 do Regimento.

 

O SR. SEBASTIÃO MELO: Sr. Presidente, Sr.as Vereadoras e Srs. Vereadores e Sr. Émerso dos Santos, que aqui representa a Cooperativa Habitacional Cavalhada/Jardim Camaquã, talvez, um dos maiores dramas da humanidade, principalmente nos países do Terceiro Mundo, é a questão habitacional, e a nossa querida Cidade de Porto Alegre está dentro desse contexto. Por formação, nós acreditamos muito nas cooperativas. Achamos que as cooperativas são uma alternativa para desonerar o Poder Público; é uma forma inteligente; mas, infelizmente, nesses últimos anos, especialmente de 1996 para cá, e reconheço que na gestão primeira do Sr. Tarso Genro havia uma lógica e um eixo diferente de tratar essa matéria das cooperativas, mas nas gestões posteriores a do Sr. Tarso Genro, abandonou-se totalmente a questão das cooperativas. O cidadão mora no Município, a área é da União, do INSS, mas o cidadão mora no Município e ele tem de ter uma interlocução com o Poder local, seja no Legislativo, no qual o senhor está expressando aqui na Tribuna Popular.

Eu quero colocar de pronto que aquilo que tiver sob a órbita do Poder Legislativo, a nossa Bancada está disposta a colaborar. Deixamos claro que esta responsabilidade é de quem detém o Poder Executivo, mais especialmente de quem detém o poder no Departamento Municipal de Habitação Popular, o DEMHAB.

Eu sou da região Sul, sempre militei naquela região, conheço muito ali, convivo com as pessoas e sei que a apreensão é diária. Os senhores poderão até recorrer dos embargos infringentes, enfim, qualquer outro recurso cabível de uma decisão que ainda não é final, que não transitou em julgado, mas dificilmente vão lograr êxito, do ponto de vista jurídico. Se há uma saída política, concreta e real, o Município de Porto Alegre tem de ser o parceiro nisso.

Com certeza, do que depender desta Casa, não vamos negar e vamos contribuir para que os senhores possam ter aquilo que o povo brasileiro deseja, que a humanidade deseja, que é ter uma moradia digna. Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Ervino Besson): O Ver. Marcelo Danéris está com a palavra nos termos do art. nº 206 do Regimento.

 

O SR. MARCELO DANÉRIS: Sr. Presidente, Srs. Vereadores e Sr.as Vereadoras, Sr. Émerso Gonçalves dos Santos, representante da Cooperativa Habitacional Cavalhada Jardim Camaquã, quero, em nome do Partido dos Trabalhadores, dizer que nós temos toda a disposição de ajudar nessa negociação, de ajudar na solução desse problema. E queremos dizer que o DEMHAB, ao longo desses anos, tem demonstrado essa disposição, mesmo com as cooperativas, ao contrário do que disseram. Como o senhor mesmo disse, tem o Fórum das Cooperativas; neste final de semana teve a Conferência Municipal de Habitação - não sei se a Cooperativa chegou a participar -, importante também. Quer dizer que há fóruns permanentes de debate e de ajuste numa área habitacional bastante tensa, conflituada e obviamente prioritária, que é a questão da habitação.

Quero trazer, como exemplo de outras negociações que foram bem sucedidas com a intervenção do DEMHAB e do Governo do Estado, a situação de ocupação do Ipê e mesmo de uma área privada, ali ao lado do Unidão, na Restinga, onde, com a intervenção do DEMHAB, junto com o Governo do Estado, se conseguiu dar bom termo, uma boa solução. Agora, é óbvio que não se pode colocar toda a responsabilidade sobre o DEMHAB numa área que é do INSS. Acho que também temos de exigir do INSS a disposição para negociar, lotes pelo menos, para conseguir retirar essa sua ação, para que o INSS, o Governo Federal, e assim por diante, tenham a sua participação, também, nessa negociação, para que não fique a simples razão de que tudo o DEMHAB possa resolver e negociar. O DEMHAB tem de ter uma participação efetiva - tenho certeza de que tem, porque já teve em outros episódios. Há pouco tempo, inclusive, neste ano, o Ipê e o Unidão, tem de estar à disposição também o Governo do Estado.

Acho que a Cooperativa também tem de vir aqui na Comissão de Habitação, CUTHAB. Eu sei que não veio ainda, mas é importante envolver esta Câmara, através da sua Comissão de Habitação. Obviamente, nós também, como Vereadores, exigirmos do INSS, como esta Casa, também, está à disposição para negociar e resolver um problema tão grave, que é o da habitação e, no caso, o da Cooperativa de vocês.

Então, a Bancada do Partido dos Trabalhadores está à disposição para negociar e ajudar a resolver esse problema. Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Ervino Besson): O Ver. Luiz Braz está com a palavra nos termos do art. 206 do Regimento.

 

O SR. LUIZ BRAZ: Sr. Presidente e Srs. Vereadores, quero cumprimentar o Sr. Émerso Gonçalves dos Santos e dizer que um processo como esse, que se arrasta na Justiça durante tanto tempo, é um processo que, durante o seu transcurso, deve o Município, por intermédio do seu Departamento de Habitação, fazer as intervenções para que possam surgir as negociações. Se o Município não o faz - e é o Município que tem essa competência, essa força para propor, para buscar as negociações, para tentar evitar que a situação chegue ao estágio em que está -, fica difícil para qualquer outra instituição, para qualquer outro representante popular intervir. O Município não poderia ter deixado chegar à fase em que chegou, porque, é claro, chegando à fase em que chegou, fica sempre mais difícil. Mas o Município tem agido assim e não tem dado às comunidades o amparo necessário, quando realmente pode dar. O Município pode dar esse amparo exatamente nos estágios processuais, porque, se não dá essa assistência nos estágios processuais, vai entrar na fase mais difícil, vai tentar socorro no momento em que tudo está despencando. Essa política habitacional do nosso Município é muito ruim. O dinheiro que se dá para essa área habitacional - que não é pouco, é bastante -, infelizmente, não é tão bem empregado assim para manter a tranqüilidade das pessoas, para que elas possam ter o seu sagrado direito de morar protegido.

Aquilo que pudermos fazer, por meio desta Câmara - e foi muito bom que o senhor tivesse vindo à Tribuna Popular -, todos os Vereadores desta Câmara têm a obrigação de dar o respaldo necessário para que a finalização, essa negociação final necessária possa se dar. Mas, infelizmente, da área do Governo Municipal se pode esperar muito pouco, porque eles têm muito discurso, falam muito, mas agem muito devagar, a não ser quando interessa a eles, quando são segmentos ligados a eles. Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Ervino Besson): O Ver. Carlos Alberto Garcia está com a palavra nos termos do art. 206 do Regimento.

 

O SR. CARLOS ALBERTO GARCIA: Sr. Presidente, Sr.as Vereadoras e Srs. Vereadores, prezado Sr. Émerso Gonçalves dos Santos, quero dizer que este assunto da Cooperativa Habitacional Cavalhada Jardim Camaquã, eu já acompanho há bastante tempo. Sabemos de todas investidas, inclusive tivemos acesso a toda a documentação, e vocês são um dos lugares mais bem organizados da Cidade de Porto Alegre. Agora, quanto a dizer que o Poder Público não tem feito nada, algumas coisas é bom lembrar: no ano retrasado, por investida deste próprio Vereador, houve iluminação em todas as ruas - o senhor deve estar lembrado -, e também em algumas ruas foi colocado esgoto cloacal, por estar havendo alguns problemas com crianças que estavam sendo contaminadas. Levamos o assunto para a Secretaria da Saúde, e algumas ruas tiveram o seu esgoto cloacal equacionado.

Agora, sabemos que é uma situação difícil. Essa situação tem que ser mais amplamente negociada com o INSS, sim! E acho que vocês fizeram a coisa certa: vir a esta Casa e comprometer os trinta e três Vereadores para que possam, o quanto antes, intervir junto ao INSS e aos outros órgãos públicos para ver, de uma vez por todas - eu volto a dizer, não é uma solução fácil -, equacionada essa problemática do Jardim Camaquã. Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Ervino Besson): O Ver. Elói Guimarães está com a palavra nos termos do art. 206 do Regimento.

 

O SR. ELÓI GUIMARÃES: Sr. Presidente, Sr.as Vereadoras e Srs. Vereadores, quero cumprimentar o Sr. Émerso Gonçalves dos Santos, representante da COOPERCAM, e dizer que já foi aqui amplamente destacada a importância do que a habitação representa para as pessoas. Então, nós queremos desejar - assistimos à exposição do Émerso Gonçalves dos Santos -, que tenham todos os êxitos nessas gestões que vêm desenvolvendo e nos colocar à disposição da Cooperativa, já que conhecemos o movimento há muitos anos, já aqui mencionado pelo Ver. Nereu D’Avila, na figura do Martins. É um assunto que conhecemos há muitos anos.

Então, queremos saudar V. S.ª pela exposição, desejando que esses encaminhamentos tenham bom êxito. Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Ervino Besson): Eu gostaria de salientar que sou morador vizinho lá do bairro e conheço o trabalho daquela comunidade, inclusive conforme o relato do Sr. Émerso. Aqui fica o convite para que a Casa faça uma visita para conhecer o trabalho daquela comunidade, pois, mesmo na situação em que o povo vive hoje, aquelas pessoas conseguiram, depois de uma longa luta, construir um local para ter uma vida mais digna para residir com os seus familiares. Vejam V. Ex.as que, de repente, por uma ordem judicial - talvez por falta de um empenho dos órgãos competentes para que se pudesse fazer uma negociação para que aquelas pessoas continuassem morando naquela região - colocar-se uma máquina lá e destruir aquelas residências seria um fato lamentável, faria com que, ao longo dos anos, essas pessoas não tenham mais condições de construir uma residência digna para poder morar, para poder criar os seus familiares de uma forma mais humana e mais tranqüila.

 

O SR. ÉMERSO GONÇALVES DOS SANTOS: Quero agradecer a todos os que nos apoiaram neste momento, porque nós estamos aqui não para cobrar do DEMHAB, mas, sim, para fazer uma política habitacional mais digna, coisa que não acontece em Porto Alegre. Está muito difícil assim; e eu não venho só defender o meu problema, porque conheço vários problemas em Porto Alegre, e acredito que, se continuar assim, certamente, vai continuar a mesma coisa. Muito obrigado.

 

O SR. PRESIDENTE (Ervino Besson): Estão suspensos os trabalhos.

 

(Suspendem-se os trabalhos às 14h58min.)

 

O SR. PRESIDENTE (Ervino Besson – às 14h59min): Estão reabertos os trabalhos.

Esta Mesa quer saudar e parabenizar o nosso colega, Ver. Haroldo de Souza, que está de aniversário e esperamos que, no próximo ano, com aquela voz que levanta o Rio Grande, consiga irradiar e anunciar o Grêmio ou o Inter como campeão brasileiro. Receba o nosso abraço e os parabéns por este dia. Vou ler a mensagem assinada pelo Presidente Fernando Záchia. (Lê.) “A vida é um convite permanente para sonhar, para lutar, para vencer; é esse o caminho, é esse o convite que se renova para você neste dia.”

Passamos às

 

COMUNICAÇÕES

 

O Ver. João Bosco Vaz está com a palavra em Comunicações por cessão de tempo do Ver. José Fortunati.

 

O SR. JOÃO BOSCO VAZ: Sr. Presidente, Sr.as Vereadoras e Srs. Vereadores, traz-me a esta tribuna uma preocupação que tem tomado conta, pelo menos da crônica esportiva, Ver. Haroldo de Souza e Ver. Cassiá Carpes, que não se encontra no Plenário neste momento -, essa situação, que está tomando contornos preocupantes, situação que não é boa nem para os cronistas nem para as torcidas organizadas. Nós tivemos, há quinze ou vinte dias, uma torcida organizada do Grêmio, presidida por um Conselheiro do Grêmio, que agrediu, dentro do pátio do Estádio Olímpico, dentro do bar da Dona Beth, dois companheiros da Rádio Bandeirantes: o Cristiano Silva e o Diogo Rímoli. Não bastasse o fato de a direção do Grêmio não tomar nenhuma providência, a não ser apenas uma nota - e o papel aceita tudo -, a preocupação que me traz aqui, Ver. Haroldo de Souza, é que as pessoas dessa torcida organizada, da Garra Tricolor, continuam a ameaçar jornalistas e cronistas que emitem as suas opiniões, nos espaços que têm. Peço providências à direção do Grêmio para que se posicione.

É inadmissível que um Conselheiro do Grêmio, o Sr. Luiz Carlos Dalpai, que ao mesmo tempo é presidente dessa torcida organizada, tenha tomado a iniciativa de agredir os profissionais ao alegar que Cristiano Silva, quando menino, foi presidente de uma das torcidas organizadas do Internacional. E aí, Ver. Haroldo de Souza? E aí, Ver. Elói Guimarães? E aí?

Nós temos exemplos, a todo momento, de violência. Nós temos levantado a bandeira da paz em todos os estádios de futebol, nos jogos de futebol, mas as ameaças continuam. Já tivemos o dissabor, Ver. Haroldo de Souza, de convivermos com a truculência do Presidente do Internacional, o Sr. Fernando Miranda, que já agrediu um companheiro nosso da Rádio Guaíba, o Léo Jorge, e xinga a mãe de jornalista; ele está acima do bem e do mal. E a nossa Associação de Cronistas Esportivos tem tomado posição. No caso das torcidas organizadas, nessa patrulha inadmissível, a torcida, os torcedores e o seu Presidente, Sr. Dalpai, estão sendo processados, não só pelos companheiros que foram agredidos, como também pela Associação dos Cronistas Esportivos Gaúchos. É de lamentar uma atitude dessas, é de lamentar que a direção do Grêmio, eu repito, não tenha tomado nenhuma providência! Parece que a direção do Grêmio está “empurrando com a barriga” essa situação: “Vai passar o tempo, isso vai ser esquecido, isso não vai ir adiante, isso não vai acontecer.” E as pessoas continuam a ser ameaçadas: “Em quem criticar, nós vamos bater”, “Em quem falar em fechar a torcida, nós vamos bater”; “Em quem pedir para expulsar, do Conselho Deliberativo, o nosso Presidente Dalpai, nós vamos bater!” Mas a que ponto chegamos, em que os profissionais não têm mais a liberdade de imprensa para trabalhar? Agora, de bando é muito fácil: quatro, cinco, seis, dez atacarem um, dois, três jornalistas, com bancos, com paus. São essas mesmas torcidas organizadas que acabam tirando o torcedor dos estádios, Ver. Luiz Braz. São essas mesmas torcidas organizadas que não pagam ingresso, que têm essa mamata dada pelas diretorias, que acabam afastando o torcedor de bem dos estádios de futebol. Portanto, é preciso que a direção do Grêmio venha a público com a mesma vontade que veio a público para defender o caso Ronaldinho.

Nós, da crônica esportiva, exigimos um posicionamento, caso contrário, a direção do Grêmio está compactuando e apoiando esse tipo de agressão que está acontecendo nos estádios de futebol. Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Ervino Besson): Registramos, com muito orgulho, a presença do Vereador do Partido Verde, o Sr. Jaques Picard, do Conselho Municipal de Corbeil–Essonnes, França, e do Sr. Jean-Luc Pelletier, que o acompanha, da ONG Frères des Hommes. Sejam bem-vindos à Cidade de Porto Alegre. Esta Casa se sente muito honrada em recebê-los. (Palmas.)

O Ver. Pedro Américo Leal está com a palavra no período de Comunicações por cedência de tempo do Ver. Juarez Pinheiro.

 

O SR. PEDRO AMÉRICO LEAL: Sr. Presidente e Srs. Vereadores, 50 anos da ADESG. Convém saber o que é e o que objetiva a Associação de Diplomados da Escola Superior de Guerra, que, no dia 7 de dezembro, completou 50 anos de existência. Pela imponência do nome, dá a impressão de ser um curso militar. Embora congregue diplomados dessa Escola, Escola Superior de Guerra do Exército e das Forças Armadas no Rio de Janeiro, é, todavia, um curso civil, com a seriedade e recato dos cursos militares, sem aparato e com reduzida publicidade. É uma tônica dos cursos militares.

A ADESG, como ela é chamada - e eu fui da sua segunda turma -, celebrou com a PUC, recentemente, um convênio de formação de cursos, em 1998, elevando-se à categoria de Curso de Extensão Universitária. Repleta de conceitos doutrinários, métodos de trabalhos, estudos conjeturais, desenvolve em Ciclos de Estudos Políticos Estratégicos, com 370 horas de trabalho, visando a dar fundamentos, onde são procedidas palestras, trabalhos em grupo, conferências, apresentada por professores militares e civis pertencentes ao corpo permanente da Escola Superior de Guerra, situada no Forte de São João, no Rio de Janeiro.

Os alicerces intelectuais e informativos dados pelos conferencistas constituem o período básico, importante entre os quatro períodos, que formam a ADESG, que abrange os quatro meses de estudo, e desenvolvem-se às segundas, terças, quartas e quintas-feiras das semanas de julho a outubro, todos os anos, das 19 às 22h, na PUC do Rio Grande do Sul.

O curso possui quatro etapas. Abrange o primeiro período a fase preparatória, abordando assuntos de política nacional, internacional, economia e um sem número de assuntos formidáveis e importantes para os Vereadores, para os Deputados Estaduais, para os Deputados Federais e para os Senadores, até. O terceiro período, pois o segundo é de conferências, vai analisar conjunturalmente o centro do Poder, o comércio exterior, os blocos econômicos, o MERCOSUL, a ALCA, a agricultura nacional e internacional e outros assuntos que não posso citar aqui por falta de tempo.

O quarto período, o final do curso, objetiva a aplicação, com viagens realizadas, dividindo os alunos em equipes, formando grupos de governo - funciona como se fosse o governo -, objetivando a aprendizagem do método e o planejamento da ação política.

Tenho a impressão de que ainda não houve divulgação desse Curso do qual hoje festejamos os 50 anos de existência. Como ele é importante para nós, aqui! Estivemos atabalhoados, cheios de missões, cheios de tarefas. O dia começa e termina sem que possamos até descansar. Pois bem, esse é um curso que nos possibilita obter ensinamentos atuais de homens que estão credencialmente abalizados para apresentar a matéria.

Eu estou deixando aqui um incentivo aos meus colegas. Os quatro meses desse curso, profundamente intensivos, com visitas realizadas a instituições, empresas de importância estadual e nacional, fornecem ao aluno uma visão estratégica do Brasil atual. Todos sabem que as aulas começam, pontualmente, às 7h da noite e terminam às 22h. É regime militar, é importante para nós termos isso, muito importante para nos atualizarmos.

Divulgada com grande com grande parcimônia, eu digo, com grande recato, a ADESG é um conhecimento do Brasil, não só para entendê-lo, como para servi-lo. Seu lema é este: “Ao Brasil, para servi-lo.” Para vislumbrar o destino desta Pátria, que há muitos anos aguarda em ser o país do futuro, mas nunca o é. Sempre na expectativa de ser, mas nunca é. Vivendo numa contínua prorrogação dessa possibilidade de vir a ser, mas nunca é, da compenetração, neste viver tumultuado, de que a responsabilidade não é só do governo, ou de algumas minorias intelectuais, não, mas, sim, de todos, sintetizando o que vem a ser o destino nacional, com letras maiúsculas, DESTINO NACIONAL com letras maiúsculas, e os seus objetivos, os objetivos permanentes da Nação, que pouco sabemos.

Eu tinha a dizer aos meus colegas: matriculem-se nesse curso, matriculem-se, que estão ganhando tempo e conhecimento, porque lá estão professores do Rio que se transportam para cá com pouca divulgação, e que despejam sobre nós ensinamentos valiosíssimos, os quais nós não podemos obter em livros, porque não temos uma biblioteca suficientemente aparatada para nos dar essas essências. Matriculem-se, no ano que vem, lá para julho, nesse curso pouco conhecido, mas essencialmente necessário para os políticos, principalmente do Rio Grande do Sul, políticos responsáveis, porque eu sei que os políticos do Rio Grande do Sul são responsáveis! É a característica da Bancada do Rio Grande do Sul, estadual e federal, a responsabilidade! É um conselho, um convite que eu deixo aqui, bastante válido, aos meus colegas.

Está funcionando na PUC esse Curso, terminou agora, neste ano, e, no ano que vem, este Curso se inicia, e eu estou suficientemente credenciado para avalizá-lo aos meus colegas que queiram fazer o curso. São quatro meses de trabalho intensivo, à noite. Muito obrigado.

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Ervino Besson): O Ver. Luiz Braz está com a palavra em Comunicações.

 

O SR. LUIZ BRAZ: Sr. Presidente, Sr.as Vereadoras e Srs. Vereadores, eu acredito muito que o nosso Município só vai começar a resolver os problemas da nossa sociedade - problemas como esses que foram abordados aqui, nos dez minutos iniciais, depois de começar a nossa Sessão -, problemas trazidos aqui e que se referem ao campo da habitação, e outros tantos problemas que temos em nossa Cidade, no momento em que os Srs. Secretários, dirigentes, mentores do Partido dos Trabalhadores, que, atualmente, administram esta Cidade, chegarem à conclusão de que eles não são semideuses, de que eles, na verdade, não sabem tudo, que eles poderiam ouvir também as outras correntes, as outras pessoas e os outros pensamentos e, quem sabe, Ver. Pedro Américo Leal, com base em outras idéias que não aquelas que nasceram no seio da bancada petista ou do pensamento petista, pudéssemos encontrar soluções para a nossa sociedade. Eu gostaria muito que isso pudesse acontecer.

Eu lembro muito bem que, lá no início, em 1989, Ver. Estilac Xavier - quero fazer um reconhecimento ao Dr. Olívio Dutra -, eu tentava, há muito tempo, fazer com que um Projeto de Lei que eu havia aprovado aqui na Casa, sobre o estacionamento rotativo, a Área Azul, pudesse ser implantado para resolvermos o problema do Centro da Cidade. Lembro que, muito embora o Dr. Collares fosse meu amigo, ocorreu que ele teve uma certa dificuldade para implantar, no seu Governo, a Área Azul, em 1988, e, quando o Dr. Olívio assumiu, ele, imediatamente, colocou em ação aquela legislação que nós aprovamos, aqui na Casa, só que, Ver. Estilac Xavier, eu me lembro que nós fomos à inauguração da Área Azul, no Centro da Cidade. Como eu era o autor do Projeto de Lei, aceitei o convite do Governo Municipal para ir à inauguração.

Cometeram comigo uma descortesia que me afastou de todas as solenidades de lá para cá. Eu não fui nem citado na inauguração, que é exatamente o modo petista de governar: é esconder, realmente, aquelas pessoas que não pensam igual ao PT. Eu sei que V. Ex.ª vai dizer que nem todos são assim. Mas, eu faço o reconhecimento, de que foi implantado.

Ver. Presidente, Ervino Besson, eu peço que desconte o meu tempo, porque eu parei para poder atender o aparte do Ver. Estilac Xavier. Peço para V. Ex.ª abrir o microfone de aparte para o Ver. Estilac Xavier.

 

O SR. PRESIDENTE (Ervino Besson): Pois não, Ver. Luiz Braz.

 

O Sr. Estilac Xavier: V. Ex.ª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Obrigado, Ver. Luiz Braz. Primeiro, o registro de que V. Ex.ª está reconhecendo que foi aplicado. Segundo, não vamos transformar um eventual lapso, que inclusive já ocorreu comigo nos cerimoniais, nos protocolos - e é comum não haver uma citação -, como uma discriminação a V. Ex.ª; ao contrário, o nosso Partido tem feito esforço para incorporar, no processo de construção da Cidade, a contribuição de todos, inclusive do seu Partido, e V. Ex.ª é testemunha deste esforço.

 

O SR. LUIZ BRAZ: Ver. Estilac Xavier, veja bem, eu não me estou lamentando, aqui; estou apenas fazendo um registro do que aconteceu em 1989. Mas eu gostaria que outras idéias, que outros projetos pudessem ser trabalhados pela área governista.

Nós fizemos um projeto aqui, e não o fizemos sozinhos, nós o fizemos com o Ver. Giovani Gregol. Eu até acredito que seja um dos motivos pelos quais o Giovani Gregol foi esfriado dentro do PT, a tal ponto que ele não conseguiu se eleger agora. Eu acho que o Giovani pagou o ônus por ter trabalhado junto com este Vereador num dos projetos de lei, aprovado nesta Casa, com relação às carroças no Centro da Cidade. Nós criamos um perímetro central - quando eu digo nós, somos nós todos aqui, mas o Projeto foi feito a quatro mãos, com a participação do Ver. Giovani Gregol - dentro do qual as carroças não poderiam trafegar; criamos algumas legislações, e confirmamos, para proibir maus-tratos aos animais e para a punição às pessoas que infringissem maus-tratos aos animais. Também proibimos que menores de 18 anos continuassem trafegando, dirigindo carroças em nossa Cidade. Sabem o que aconteceu? O Governo do Município simplesmente entrou com uma argüição de inconstitucionalidade ao Projeto para não cumprir a lei. Ora, não cumpriram a lei, mas eu esperava que, pelo menos, Ver. Estilac Xavier - e agora eu faço um pedido a V. Ex.ª -, eu esperava que o Governo do Município mandasse um outro Projeto para regular esta matéria, porque a sociedade toda pede, clama para que as carroças possam de alguma forma receber uma legislação, a fim de que este tráfego no Centro da Cidade não seja tão tumultuado como é nos dias atuais. Mas vejam bem, a Prefeitura resolveu não cumprir o nosso Projeto de Lei, entrando na Justiça para não cumpri-lo e, ao mesmo tempo, Ver. Adeli Sell, não mandou nenhum Projeto de Lei que pudesse pelo menos dizer: “Oh! Eu não quero assim, mas de outra forma, de repente, me serve”.

Eu estou esperando por parte do Executivo já que não quiseram cumprir aquela lei que nós aprovamos aqui nesta Casa, que, pelo menos, lembre que a sociedade porto-alegrense não gosta do que acontece no tráfego de carroças em nossa Cidade. Por isso mesmo, nós precisávamos, de alguma forma, de uma legislação. Já que o Prefeito não quer cumprir a legislação que é feita por outro Vereador aqui desta Casa que não seja da sua Bancada, quem sabe ela manda para cá um Projeto para que a gente possa estudar, analisar e fazer com que a área do tráfego de carroças possa ser feita sem prejudicar todo o conjunto de tráfego que nós temos aqui em nossa Cidade. Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Ervino Besson): O Ver. Marcelo Danéris está com a palavra em Comunicações.

 

O SR. MARCELO DANÉRIS: Sr. Presidente, Sr.as Vereadoras e Srs. Vereadores, hoje estamos entrando na última semana de Sessões Ordinárias desta Câmara e temos um assunto, em especial, a debater para encerrarmos bem este ano de 2001, primeiro ano desta Legislatura, Ver. Ervino Besson, é um assunto que interessa a toda Cidade: é o IPTU. O IPTU, no Projeto enviado a esta Câmara, diz respeito a toda a Cidade. Nós realizamos, aqui, uma audiência pública com o Secretário; discutimos, algumas Bancadas, Vereadores de forma individual; outras mobilizações sociais, populares, colocaram questões sobre o IPTU. Por conta disso, veio para esta Casa, na última semana, a Mensagem Retificativa que coloca uma série de elementos que foram trazidos de maneira legítima por várias Bancadas ou por vários Vereadores, ou pela sociedade civil, que participou, discutiu aqui, nesse curto período, o IPTU. Nós achamos que é de fundamental importância que nós, Vereadores e Vereadoras desta Casa, possamos discutir o IPTU e suas mensagens retificativas, e tenhamos a capacidade de aprimorá-lo, trazer emendas de outros Vereadores, sentar e discutir. Eu, há pouco, conversava com o Ver. Beto Moesch, e lembrava a ele que uma das questões que ele trouxe no início do ano - a questão ambiental, o IPTU em relação ao meio ambiente, como incentivar isso, como resguardar o patrimônio ambiental da Cidade - está prevista no IPTU. O Ver. Beto Moesch diz: “Bom, temos algumas coisas ainda a ajustar.” Então, quanto a essa disposição para sentar, negociar, discutir, creio que o exemplo da Prefeitura da última semana é a disposição de construir o melhor IPTU possível para esta Cidade, junto com a Câmara de Vereadores. Tanto que agrega ao seu projeto uma série de reivindicações que vieram, não da Bancada do PT, do PSB ou do PC do B, mas, sim, de outras bancadas - do PDT, do PPB, do PTB -, e assim por diante. Eu gostaria de dizer algumas delas: o freio, pelo qual os aumentos não podem ultrapassar 70% nos imóveis residenciais, não pode ultrapassar 100% em imóveis não-residenciais; que a correção do IPTU baseada nessa defasagem, mais de 10 anos, deve ser feita de forma escalonada para que não haja mudanças bruscas no imposto; ele amplia - havia seis faixas de isenções - as faixas de isenções, principalmente na área residencial, que passam de cinqüenta e cinco mil unidades habitacionais residenciais isentas para quase cento e vinte mil isentas. Também amplia o valor para imóveis, que antes era de 5 mil reais, no caso de viúvas, ou órfãos, ou pessoas que tenham doenças provindas de doenças do trabalho, para 58 mil reais, ou seja, o valor do imóvel, que hoje é de 5 mil reais, passa para 58 mil reais. Também desobriga o Executivo de cobrar até o valor de 584 reais de pessoas que tenham dívidas com o IPTU, ou seja, também eu me esqueço e leio, a questão do desconto, que volta a 20% até 31 de janeiro e 10% até 1º de março, ou seja, além de incentivar a produção primária, incentivar o patrimônio histórico, incentivar o patrimônio das áreas de preservação ambiental, de ter seis faixas de isenções, de recolocar uma defasagem não aceitável - eu sei que isso é uma unanimidade dos Vereadores de mais de dez anos, que tem erros grosseiros e que está onerando, na verdade a classe média. E que tem contribuintes que deveriam estar pagando 50 reais e, às vezes, estão pagando 200; e outros, que deveriam estar pagando 200, estão pagando 10, 15, 17 reais.

Então, esse debate com mais as emendas necessárias, que os Vereadores querem colocar, é que temos que ter a disposição de fazer nessa última semana, importante do primeiro ano desta nova Legislatura. Então, aqui, é a disposição da Bancada do Partido dos Trabalhadores de começar firme essa negociação para que nesta semana possamos apreciar e votar o IPTU de Porto Alegre. Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Ervino Besson): A Ver.ª Maria Celeste está com a palavra em Comunicações.

 

A SRA. MARIA CELESTE: Sr. Presidente em exercício, Ver. Ervino Besson, Sr.as Vereadoras, Srs. Vereadores, o assunto que me traz a esta tribuna é um assunto do qual a Ver.ª Clênia Maranhão estava nos alertando no Plenário. Hoje é o Dia Mundial dos Direitos Humanos. Eu gostaria de fazer um pequeno relato do lançamento do Relatório dos Direitos Humanos, no Brasil, no ano de 2001, publicado pela Rede Social de Justiça e Direitos Humanos no dia 5 de dezembro. Este relatório está dividido em cinco partes, e é uma oportunidade única que se nos apresenta para que retomemos a reflexão sobre a temática da dignidade humana e dos direitos fundamentais de cada pessoa.

A primeira parte, o primeiro capítulo é intitulado de “O passado ainda é presente”. São abordados três temas: “A tortura nas Forças Armadas”, que destaca os graves problemas enfrentados pela Corporação, como um grande número de alcoólatras e usuários de drogas, além da prática sistemática da tortura entre seus próprios componentes; “A Espionagem no Exército” é a questão dos mortos e desaparecidos políticos, mostrando que integrantes sociais continuam sendo considerados “subversivos” e perseguidos pelo Exército; e “Vala de Perus” é uma retrospectiva da vergonhosa história de descaso em relação às vítimas da ditadura militar e a transferência de cerca de mil ossadas da UNICAMP para o Cemitério do Araçá, em São Paulo.

A segunda parte tem como tema “Violência Urbana e Justiça”. Os textos abordam o resultado do julgamento do “Massacre do Carandiru”, que ficou conhecido como a maior matança da história das penitenciárias brasileiras; a absolvição dos quatro policiais envolvidos na chacina de São Bernardo do Campo, no ABC Paulista e a violência na Avenida Paulista durante um protesto contra a criação da ALCA (Área de Livre Comércio das Américas), onde sessenta e nove pessoas foram presas, das quais quarenta eram crianças, adolescentes, e cem pessoas foram feridas.

O relatório enfoca, em seu terceiro capítulo, a violência rural e a luta pela terra, incluindo os seguintes temas: trabalho escravo no âmbito rural; a violência crescente contra trabalhadores rurais no Sul e Sudeste do Pará; o julgamento dos policiais acusados pelo assassinato de dezenove trabalhadores rurais em Eldorado dos Carajás; a impunidade no caso Margarida Alves, líder sindical morta há dezoito anos com um tiro no rosto em frente à sua casa, na Paraíba; as conseqüências da construção de grandes barragens no Brasil, causando o deslocamento de milhares de pessoas; o entrave na demarcação das terras indígenas, e as obras inacabadas contra a seca, que já despenderam cerca de 830 milhões de reais.

O quarto capítulo do relatório é destinado aos direitos econômicos, sociais e culturais. Destacamos as reivindicações dos movimentos afro-brasileiros na Conferência Mundial contra o Racismo, a luta das comunidades quilombolas contra os deslocamentos causados pelo Centro de Lançamentos de Alcântara; as desigualdades raciais; a situação das mulheres trabalhadoras do Brasil e uma análise do papel das delegacias das mulheres. Esse capítulo inclui o caso de vinte e um meninos pobres que apareceram mortos no Maranhão e, ainda mais, que tiveram os seus órgãos genitais extirpados; os números do trabalho infantil no País e a realidade nos cortiços em São Paulo, onde vivem pelo menos seiscentas mil pessoas. “A era dos direitos em tempos de terror” é o título da última parte desse trabalho. As perspectivas para uma justiça global; o terrorismo de Estado; as atuais doutrinas de segurança nacional e os direitos humanos na era da globalização são temas de análise da conjuntura nacional e internacional.

Nós não podíamos nos furtar de vir a esta tribuna e dar esse rápido relato de uma situação caótica que aumenta a cada dia no nosso País, onde deixamos, cada vez mais de lado a dignidade humana e os direitos de cada cidadão e cidadã no nosso Brasil. Muito obrigada.

(Não revisto pela oradora.)

 

O SR. PRESIDENTE (Ervino Besson): A Ver.ª Maristela Maffei está com a palavra em Comunicações.

 

A SRA. MARISTELA MAFFEI: Sr. Presidente, Sr.as Vereadoras e Srs. Vereadores, certamente ao nos aproximarmos do início do recesso e do final de mais um ano, existem alguns temas na nossa vida, nos nossos corações, nas nossas atividades políticas que nos calam muito mais profundamente. “A humanidade padece de um mal que desde o final, principalmente, dos anos 70, vem constituindo e caminhando de uma forma muito desumana: a forma em que a globalização e o capital vêm-se sobrepondo sobre o ser humano. Esse é o mundo em que nós vivemos, e, portanto, um novo tempo. E é preciso compreendê-lo com profundidade na sua lógica implacável, estudá-lo, não subestimando o poder econômico, financeiro, científico e militar que concentra uma reduzida elite mundial.” Essas são palavras de uma pessoa que eu admiro profundamente, com uma visão socialista, e que é um dos grandes elaboradores teóricos do Partido dos Trabalhadores, que é hoje Chefe da Casa Civil, o então Deputado Flávio Koutzii, por quem eu tenho um profundo respeito e admiração.

Em um dos seus textos, ele dizia ainda: “Os interesses do capital vão extinguindo as fronteiras nacionais dos países periféricos, o sistema de proteção dos mercados desses países se fragilizam, e a tendência é construir o mundo como uma arena, uma arena única, um mercado universal. Para termos uma idéia, de 1 trilhão de dólares que giram no mercado mundial, apenas 315 bilhões são aplicados em investimentos produtivos. Desses, 70% dirigem-se aos Estados Unidos, Japão e Alemanha. Apenas 5 são dirigidos aos três principais países da América Latina: Brasil, México e Argentina.”

E hoje, Ver.ª Maria Celeste, nós temos de lembrar, sim, o dia que lembra internacionalmente os direitos humanos. “Talvez, nessa lógica, analisando os números na realidade da vida, nós possamos entender por que os direitos humanos não são levados em consideração. Portanto, tragicamente concentram lucros, globalizam a miséria. E nessa lógica não é surpresa a tendência às fusões das grandes, gigantescas produções mundiais. Obviamente, para manter as condições da disputa de um mercado mundial, é preciso concentrar cada vez mais poder, capacidade técnica e potencial financeiro. Por isso, temos a monopolização crescente, a liquidação dos setores que perdem competitividade, a superação de empregos, a anulação dos projetos nacionais, mesmo os capitalistas, a concentração de renda e a riqueza gigantesca.”

No entanto, senhoras e senhores, não perdemos o sonho, não perdemos os nossos ideais, não perdemos a ousadia de contrapor, enfrentar essa galopante política esmagadora dos seres humanos. Porque nós, sim, tanto no Estado do Rio Grande do Sul como aqui em Porto Alegre, e em todos os Estados e municípios que têm uma concepção democrática, trabalhamos cada vez mais pela inclusão social. Em dois anos e meio, senhoras e senhores, destinamos 3 bilhões a mais para obras sociais do que no período do governo anterior, no Estado do Rio Grande do Sul; mais de vinte e dois mil professores foram contratados; um bilhão a mais foram investidos na saúde; criação da Secretaria de Habitação em 1999; a realização da Conferência Estadual de Habitação; dois mil, setecentos e setenta e sete novos servidores contratados, desfazendo a política galopante que o PDV instalou no governo anterior no nosso Estado; duzentos mil empregos gerados por ações do Governo do Estado nos diversos programas; cerca de vinte mil empresas beneficiadas pela ação do Governo; mais de um bilhão para a agricultura, até agora, senhoras e senhores; transporte; saneamento; energia.

Portanto, é bem verdade: não somos os donos da verdade, mas, com certeza, somos os semeadores da esperança. Acreditamos que a sociedade do Estado do Rio Grande do Sul e deste País é capaz de se sensibilizar e estar junto de um projeto que planta e semeia o futuro, não o futuro da concentração, mas o futuro da solidariedade, que se contrapõe à competitividade e faz com que possamos ser mais felizes e, com certeza, um país onde os filhos e filhas serão incluídos e não apenas serão massa, mas construtores da sociedade que queremos.

Aqui fica uma mensagem para todos os que têm na sua mente e no coração o sonho da esperança e, com certeza, mais um ano acabando e mais um ano iniciando, prosseguindo a luta, com muita energia.

Encerro dizendo que não existe paz sem justiça social. Muito obrigada.

 

(Não revisto pela oradora.)

 

O SR. PRESIDENTE (Ervino Besson): O Ver. Nereu D’Avila está com a palavra, em Comunicações. Ausente.

O Ver. Valdir Caetano está com a palavra, por cessão de tempo do Ver. Paulo Brum, em Comunicações.

 

O SR. VALDIR CAETANO: Sr. Presidente, Sr.as Vereadoras e Srs. Vereadores, agradeço ao Ver. Paulo Brum pela gentileza. Faço uso desta tribuna para falar do problema da insegurança a que temos assistido a cada dia nas nossas cidades. É incrível, Srs. Vereadores, como prosperam os agentes do crime em nossa Cidade e no nosso Estado. Basta uma rápida olhada pelas folhas dos jornais do final de semana; basta uma olhadela no noticiário da televisão ou do rádio para saber do absurdo, para saber que os agentes do crime estão agindo de maneira mais audaciosa a cada dia.

O que nos impressiona, Srs. Vereadores, é que nós não temos visto por parte do Secretário da Segurança uma atitude que venha mostrar à população que isso realmente o tem preocupado; mas vejo, sim, a preocupação no rosto de cada cidadão, de quem é furtado o direito de andar pelas ruas, de quem é tirado o direito à tranqüilidade.

Com a aproximação das festividades de final de ano aumenta ainda mais o número daqueles que querem de maneira fácil levar aquilo que o trabalhador conseguiu ao longo de doze meses de trabalho.

Eu gostaria de pedir, mais uma vez, providências ao Secretário da Segurança Pública, pois a população gaúcha não agüenta mais tanta insegurança no nosso Estado.

Quero aproveitar a oportunidade, Sr. Presidente, para fazer um agradecimento muito especial. Nós tivemos, no dia de ontem, na Av. Júlio de Castilhos, a 1ª Feira Beneficente de Artesanato à Escola Bíblica Infantil com a presença do Prefeito Tarso Genro, do Sr. Carlos Todeschini, Diretor do DMAE, do Ver. Estilac Xavier, Líder da Bancada do Partido dos Trabalhadores, e, em especial, do meu amigo Vereador, Dr. Humberto Goulart, que, desde de manhã até a tarde, esteve ali atendendo, gratuitamente, as pessoas que queriam medir a pressão, fazer o exame de diabete, as senhoras que queriam fazer o exame de prevenção de câncer da mama e a todos aqueles que estiveram, doando o seu domingo, em benefício dessas crianças.

Eu quero agradecer a todos, especialmente a V. Ex.ª, Vereador, que Deus o abençoe. Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Fernando Záchia): O Ver. Humberto Goulart está com a palavra em Comunicações por cessão de tempo do Ver. Nereu D’Avila.

 

O SR. HUMBERTO GOULART: Sr. Presidente, Sr.as Vereadoras e Srs. Vereadores, é com preocupação que venho falar desta tribuna no dia de hoje. Vai encerrar o ano legislativo e poucas coisas tive para vir saudar, para elogiar, para reverenciar no aspecto da saúde.

Eu, que tenho falado tanto das situações institucionais do serviço público, venho falar da grande preocupação que envolve a UNIMED, a Cooperativa dos Médicos. Todos os senhores estão atentos aos jornais e devem ter observado o que aconteceu na UNIMED. A UNIMED fez uma proposta para que a maioria dos grandes laboratórios, para que a maioria dos laboratórios confiáveis reduzissem em mais de 30% o preço de seus serviços. Ficaram alguns bons e grandes laboratórios de fora. Mas eu vou falar dos laboratórios que foram procurados pela UNIMED: grandes laboratórios como o Weinmann, o Faillace, como a CLINOSOM, a Radimagem, a Mamorad. A direção da Cooperativa da qual eu faço parte pediu que reduzissem em mais de 30% o valor do seu serviço. Os laboratórios, que trabalham com produto importado, pago em dólar, e que não têm reajustado o valor do seu serviço há seis anos, resolveram pedir que houvesse mais condescendência por parte da direção da UNIMED no sentido de que reduzissem, sim, o valor dos seus serviços - para ir ao encontro da dificuldade em que deve estar agora a Cooperativa, senão não pediria -, mas à metade do que foi pedido. Não aceita a proposta, pela UNIMED, foram descredenciados os laboratórios, o que trouxe uma grande intranqüilidade para os usuários da UNIMED, trazendo alguma intranqüilidade para os médicos que estão acostumados a trabalhar com esses laboratórios. Eu fico pensando: eu quero dizer alguma coisa boa sobre a saúde para os senhores aqui, nesta tribuna, e não há tempo, porque as coisas vão-se sucedendo cada vez para menos.

O que me preocupa é que poderá caber até uma ação de quem compra um produto e não recebe o que comprou. Aí precisaríamos não só da COSMAM, mas de outras Comissões para se preocuparem com isso, porque o convênio que foi comprado por um usuário da UNIMED não é mais o mesmo, porque quando compraram o convênio imaginaram que no rol dos trabalhos estaria lá o Weinmann, estaria lá o Faillace, estaria lá a Radimagem, homens que investem milhões nos seus serviços para que sejam top de linha no serviço ambulatorial para os usuários. Quem disse que o usuário do SUS tem de ter um ruim laboratório? Quem disse que o usuário do serviço de saúde, que não está bem, tem de ter mau laboratório? Não estou dizendo que os que restaram são maus laboratórios; são todos bons; existem até alguns bem de ponta que ficaram. Mas, seguramente, é uma perda muito grande esses laboratórios que foram descredenciados pela UNIMED.

Preocupa-me isso e penso até que se possa voltar atrás nisso, porque vai ser uma coisa muito incômoda os médicos não poderem usar os laboratórios que fizeram confiança no seu receituário, que fizeram confiança no seu ideário, que fizeram a confiança do público usuário. Nós precisamos nos preocupar com isso.

A UNIMED vai ser procurada por este Vereador para saber o que houve e como pode resolver. Acho até que devemos criar uma comissão de usuários para que discutamos isso. Nós temos que trabalhar sempre para mais, não para menos. Ainda mais a UNIMED, que cobra sempre reajustes e que não reajusta o serviço dos médicos e não reajusta o serviço dos laboratórios!

Prestem atenção nisso, porque é um problema muito grave para a sociedade de Porto Alegre e do Rio Grande do Sul. Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Fernando Záchia): Passamos à

 

PAUTA - DISCUSSÃO PRELIMINAR

 

(05 oradores/05 minutos/com aparte)

 

1ª SESSÃO

 

PROC. Nº 4574/01 - PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 113/01, de autoria da Mesa Diretora, que cria cargos no Quadro de Cargos em Comissão e Funções Gratificadas da Câmara Municipal de Porto Alegre, estabelece novas normas sobre os cargos em comissão referentes aos gabinetes dos Vereadores e dá outras providências.

 

PROC. Nº 4592/01 - PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 115/01, de autoria da Mesa Diretora, que institui, na Câmara Municipal de Porto Alegre, quota básica mensal de custeio a materiais e serviços para as bancadas partidárias e dá outras providências.

 

4ª SESSÃO

 

PROC. Nº 4269/01 - PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 107/01, de autoria do Ver. Estilac Xavier, que altera a Resolução nº 1.178, de 16 de julho de 1992, e alterações posteriores - Regimento da Câmara Municipal de Porto Alegre. (Vereador suplente/cargo Mesa Diretora)

 

O SR. PRESIDENTE: O Ver. Adeli Sell está com a palavra para discutir a Pauta.

 

O SR. ADELI SELL: Sr. Presidente e Srs. Vereadores, nós temos três projetos na Pauta no dia de hoje. Seremos breves na sua apreciação. O primeiro e o segundo, em 1ª Sessão, na verdade, são de economia interna desta Casa, extremamente importantes, porque, sem gastar um centavo a mais, dentro da Lei de Responsabilidade Fiscal - esta Casa e os debates deste ano têm mostrado que apesar das nossas diferenças em alguns pontos da Lei de Responsabilidade Fiscal, pontos de impossível cumprimento pelos gestores públicos, mas há questões que nós temos, sem dúvida nenhuma, que registrar, marcar como importantes para a Cidade, para o Parlamento, para o Poder Público local -, faz-se uma adequação de cargos para facilitar o trabalho dos gabinetes.

Outro ponto que eu faço questão de falar - e comentava isso com o meu colega de Bancada, Ver. Juarez Pinheiro -, é aquele em que nós somos envolvidos, na medida em que assumimos suplências do Partido dos Trabalhadores, aqui nesta Casa. No entanto, somos titulares, já que estamos no gozo pleno de nossas atividades e funções, e algumas questões do Regimento nos impediam e nos impedem de assumir determinadas funções, que, na verdade, nós podemos cumprir, porque já cumprimos em outras feitas com experiência maior. Sem dúvida nenhuma, daremos maiores contribuições a esta Casa.

Portanto, pensamos ser importantes os três projetos; somos totalmente favoráveis a eles e solicitamos a atenção e o apoio de todos os Vereadores. Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Fernando Záchia): O Ver. Elói Guimarães está com a palavra para discutir a Pauta.

 

O SR. ELÓI GUIMARÃES: Sr. Presidente e Srs. Vereadores, em Pauta dois Projetos de Resolução, de autoria da Mesa, sobre os quais cumpre algumas reflexões, até diria de saudação ao Presidente da Casa, que, durante a sua gestão, vem estabelecendo e dotando a Casa de uma série de alterações extremamente importantes do ponto de vista do seu funcionamento. Porque não basta, Sr. Presidente e Srs. Vereadores, muitas vezes, termos determinados equipamentos e não termos os mecanismos de funcionamento desses equipamentos. Presidente Fernando Záchia, eu cumprimentava a Diretora-Geral, sua administração, que, evidentemente com respaldo da Mesa, das Lideranças e dos trinta e três Vereadores, vem provocando alterações, equipando os Vereadores para que tenham, nas suas ações, melhor aproveitamento e melhor desenvolvimento. Prova disso são essas duas iniciativas, e uma delas, a das quotas básicas resultou em ganhos significativos, e, economicamente, diminuindo dispêndios. É uma iniciativa importante que coloca sobre os ombros dos Vereadores a dimensão que eles querem dar a esse ou àquele setor.

Outra alteração importante também, inclusive, a critério dos Vereadores, é a reestruturação no que respeita o apoio representado pelos Cargos em Comissão, que não representa aumento de despesa. É uma “reengenharia” da Casa, que, ao longo do tempo, tornou-se um tanto inflexível, e, agora, passa a ganhar a sua flexibilidade. São iniciativas importantes que eu não poderia deixar de registrar aqui da tribuna para cumprimentar a Mesa, encabeçada por V. Ex.ª, Ver. Fernando Záchia. Eu acredito que este tenha sido um ano extremamente importante para a Casa, não só pela maneira com que V. Ex.ª e a Mesa conduziram os trabalhos da Casa, mas pelos avanços que fizeram consignar e registrar no sentido de melhorar as condições de trabalho dos Srs. Vereadores. O Sr. Presidente e, de resto a Mesa, não chamou para si as vantagens, mas criou, distribuiu melhores condições para que os Vereadores passassem a ter melhores condições de trabalho. Parece-me que este é um modelo de administração da Casa, um modelo coletivo, um modelo de participação, um modelo em que todo o esforço da Casa se distribui pelos Srs. Vereadores.

Também aproveito para cumprimentar todo o corpo técnico da Casa. Já falei na Sr.ª Diretora-Geral e falo em todo o conjunto de assessoramento, porque essas matérias não avançariam se não tivessem exatamente o estudo, a análise, o respaldo de toda a estrutura administrativa da Casa. Não o estamos encerrando, acho que é um ano extremamente positivo, em que a Mesa, o Presidente, dotou diferentes setores da Casa, e principalmente os Vereadores, dos mecanismos para que se dê consecução final ao atendimento da população de Porto Alegre. Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Fernando Záchia): A Ver.ª Clênia Maranhão está com a palavra para discutir a Pauta. Ausente. O Ver. João Carlos Nedel está com a palavra para discutir a Pauta.

 

O SR. JOÃO CARLOS NEDEL: Sr. Presidente, Sr.as Vereadoras e Srs. Vereadores, em Pauta Projeto de Resolução desta Câmara, proposto pelo Ver. Estilac Xavier, que propõe alteração no Regimento da Câmara Municipal de Porto Alegre, permitindo que Vereadores Suplentes, desde que no exercício contínuo do seu mandato de Vereança por um período mínimo de um ano, possam ser eleitos Vice-Presidente, ou Secretário de Mesa, e também Presidente e Vice-Presidente de Comissões Permanentes. Este Projeto está ingressando na Casa e deverá ser estudado profundamente pelos Srs. Vereadores.

Nós temos muitos bons exemplos nesta Casa de suplentes que têm dado uma contribuição forte para o bom andamento dos trabalhos desta Casa. Para que nós possamos bem escolher um Presidente de Comissão ou Vice-Presidente de Comissão, seria importante termos mais Vereadores disponíveis para ocupar esses cargos que são extremamente importantes para o bom direcionamento das Comissões e também para o exercício dos cargos de Vice-Presidente ou Secretário de Mesa.

 

O Sr. João Antonio Dib: V. Ex.ª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Nobre Ver. João Carlos Nedel, nós temos Vereadores suplentes do mais alto gabarito, mas, lastimavelmente, dependem da vontade do Prefeito e de outras pessoas, o que, dificilmente, seria possível fazer com que ocupassem posições que são disputadas e que depois teria de fazer novas votações. Então, por mais que me agradem os Vereadores que, eu disse, têm altíssimo gabarito, eu, lamentavelmente, me posiciono, contrariamente ao Projeto do Ver. Estilac Xavier.

 

O SR. JOÃO CARLOS NEDEL: Efetivamente, V. Ex.ª tem razão nessa parte, em como a Câmara vai ter a garantia de que eles permanecerão, no futuro, no exercício do mandato. Essa é uma decisão do Executivo ou mesmo de outros Vereadores de oposição, porque, por exemplo, se um Vereador fica doente por um ano, será substituído pelo suplente, ou em caso até de viagem ao exterior, de licença para assuntos de interesse que, nesse caso é substituído, como nós teremos a certeza de que ele permanecerá na Câmara pelo período do exercício do novo cargo, mas, como disse, devemos estudar profundamente, é um assunto importante para esta Casa e permite que ela possa contar com o trabalho altamente gabaritado de vários suplentes aqui nesta Casa, que só vem a contribuir para o crescimento, para o melhoramento do trabalho da nossa Câmara em prol da nossa sociedade. Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Fernando Záchia): O Ver. Juarez Pinheiro está com a palavra para discutir a Pauta.

 

O SR. JUAREZ PINHEIRO: Sr. Presidente, Sr.as Vereadoras e Srs. Vereadores, em primeiro lugar, eu falava com o Ver. Marcelo Danéris, que, como eu, somos suplentes, a exemplo do Ver. Adeli Sell, dizer que ninguém pediu projeto nenhum para que fosse colocado, porque seria uma hipocrisia nossa não abordar esse tema. Agora, Ver. João Dib, acho que V. Ex.ª comete um equívoco. Eu, pessoalmente, já tive a minha experiência na Mesa e não desejo repeti-la e não estou preocupado com cargo em comissão. Aliás, eu me sinto muito melhor trabalhando sem essas incumbências, que tiram muito tempo do trabalho político.

Mas, a partir do momento em que o Vereador está aqui, é um dos trinta e três, ele tem o seu mandato a pleno, e uma parcela da população votou nestas pessoas, seja ele “a”, ”b”, ”c”, “d”, “e” “f” ou “g”. E um mandato não pode ser subtraído, não pode ser um mandato menos. A partir do momento em que está na Câmara de Vereadores é um dos trinta e três membros que compõe este Parlamento. Não pode ter duas classes, porque desvirtua até o princípio democrático do processo de representação. Esta é uma questão importante, que eu peço a reflexão dos Vereadores. Quero dizer que eu não sou candidato a nenhum cargo. Isso faria que houvesse duas classes.

De outra parte, Ver. João Antonio Dib, a partir do momento em que coloca um tempo, significa alguém que já tenha alguma estabilidade, porque não é possível, a cada momento, estar-se fazendo eleição, seja para uma Comissão ou para algum cargo da Mesa. E penso que mereceria uma outra emenda, uma emenda que vedaria isso no último ano da legislatura, quando os Vereadores titulares regressam, os que estão nas Secretarias e, aí, sim, se cria um impasse.

E, por último, havendo algum problema por alguma razão, é simples de se fazer um processo eleitoral e resolver essa situação.

Portanto, eu pediria que sobre isso V. Ex.ª elaborasse e firmasse a sua convicção, independente de que um Vereador suplente tenha ou não capacidade. Não é esta a questão. A questão é, se o mandato aqui exercido é um mandato diferenciado, se ele está com ingredientes que lhes tiram, que lhes desubstanciam, aí, aquelas pessoas que apoiaram aquela representação, elas ficariam como que sub-representadas, porque aquele Vereador não pode exercer determinadas tarefas.

 

O Sr. João Antonio Dib: V. Ex.ª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Nobre Ver. Juarez Pinheiro, V. Ex.ª sabe a admiração que eu tenho pelo seu trabalho, pela sua competência, e eu também sei que V. Ex.ª se sente melhor aqui no Plenário do que na Mesa, então está tudo tranqüilo nesta parte. Mas, na realidade, aqueles que hoje estão ocupando Secretarias por qualquer coisa pode se atritar com o Prefeito, com outro colega e de repente eles retornam ao seu mandato.

 

O SR. JUAREZ PINHEIRO: Vereador, eu quero que V. Ex.ª continue no aparte, até vamos fazer um diálogo. É para isso que foi colocado um período mínimo, para mostrar que é um mínimo de estabilidade de um ano. E eu queria agregar um outro elemento, que é o elemento de que não possa ser no último ano da Legislatura, que é quando os Vereadores que estão nas Secretarias retornam. E se houver algum problema com algum Secretário, é só fazer uma nova eleição na Comissão e está resolvido.

 

O Sr. João Antonio Dib: Quando, certamente, no último ano eles voltarão. Mas o que ocorre é que nós sabemos que até para escolher a Liderança de uma Bancada às vezes tem problema, imagine para eleger um novo Vice-Presidente da Casa, ou Presidente de Comissão.

 

O SR. JUAREZ PINHEIRO: Ver. João Antonio Dib, apenas quis agregar alguns elementos para que a análise não seja tão simplificada, não seja tão reduzida, tem outros elementos a serem considerados e o principal deles, eu acho que é a questão da representação que possui quem está aqui nesta Casa. Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Fernando Záchia): O Ver. João Antonio Dib está com a palavra para discutir a Pauta. Desiste.

O Ver. Antonio Hohlfeldt está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. ANTONIO HOHLFELDT: Sr. Presidente, Sr.as Vereadoras e Srs. Vereadores, embora sem ainda ter recebido um retorno do Ver. Estilac Xavier, como Líder do PT, sobre a questão desse comportamento curioso do DMLU, onde é o Diretor, pessoalmente, que fixa valores de multas, não existe uma tabela mediante decreto ou coisa parecida. Eu me permito trazer aqui uma outra situação que recebi nesta semana, por meio do correio eletrônico, de um cidadão contando que no dia 19 de março, Ver. Estilac Xavier, se inscreveu no Concurso Público nº 402, que a Prefeitura realizou para provimento de Assistentes Administrativos. O edital havia sido publicado no dia 13 de março, ele pagou a taxa de inscrição de 12 reais, estudou, porque ele estava desempregado, estava precisando de um emprego, e foi classificado entre os trinta primeiros colocados, num universo de quase duas mil pessoas que fizeram esse concurso. Colocado, portanto, entre os trinta primeiros classificados, ele ficou, obviamente, na expectativa de ser chamado, se não imediatamente, pouco tempo depois.

Curiosamente, até a semana passada não havia nenhuma chamada para esse concurso, ele se apresentou à Secretaria de Administração para indagar da situação do provimento, e lá foi informado, em primeiro lugar, que deveria haver a necessidade da vaga - até aí é o óbvio. O curioso é que foi informado a ele que, além de haver a necessidade da vaga, na verdade, a Prefeitura havia feito o concurso sem ter criado novas vagas; ou seja, cerca de duas mil pessoas foram chamadas a um concurso público sem a menor possibilidade de haver, posteriormente, provimento de cargo com chamamento daqueles que houvessem, eventualmente, passado e se classificado no concurso. Se isso acontece no mundo civil, dizemos que é roubo, pura e simplesmente. E isso é uma questão de defesa do consumidor, quando se vende um produto que não existe, e não há como entregar. Pois a Prefeitura faz exatamente a mesma coisa. A Prefeitura chama para um concurso que não necessita, engana duas mil pessoas, que necessitam, e que, em necessitando, ainda pagam 12 reais, perdem tempo para estudar, talvez muitas delas ainda tenham de pagar cursinho especial para se atualizar, e depois são, pura e simplesmente, informadas de que as vagas pretendidas simplesmente não existem, precisam ser criadas por lei; e o eventual provimento nas Secretarias, nas vagas existentes, apenas se alguma Secretária fizer o pedido, ou seja, se houver uma aposentadoria, uma demissão, um remanejamento, uma progressão, ou coisa parecida. Explicou a funcionária da Secretaria de Administração que o processo seletivo é para fazer reserva de nomes, de cadastro para chamar caso haja necessidade.

Eu chamo isso de outra coisa, eu chamo isso de agiotagem, porque não tem outro nome para dar! A Prefeitura fazer um concurso, duas mil pessoas pagando e depois dizer simplesmente que não tem vaga, isso não é respeito à cidadania! Isso não é respeito a cidadãos que têm mais o que fazer na vida e que, talvez, deixaram de fazer outros concursos para poder fazer esse aqui, e nenhuma explicação mais foi dada para esse cidadão. Disseram que, se ele quisesse, se queixasse à vontade, não tinha problema nenhum, que era legal fazer isso. Ora, legal não é a questão que estamos discutindo. A questão que nós estamos discutindo é se é legítimo e, sobretudo, se é ético. Particularmente, acho que é profundamente antiético fazer um concurso que não se necessita, cobrar-se inscrição das pessoas e, depois, simplesmente, fazê-las de palhaças, duas mil pessoas!

Fica o registro e quem sabe lá a minha expectativa, nos somos muito ingênuos, às vezes, e talvez a Prefeitura tenha uma outra resposta que não essa que foi dada no balcão da Secretaria da Administração. Até lá, infelizmente, eu vou ficar pensando que a Prefeitura continua tratando as pessoas como palhaças: chama e simplesmente, depois, bota fora. Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Fernando Záchia): Havendo quórum, passamos à

 

ORDEM DO DIA

 

Apregoamos o PR nº 117/01, de autoria da Mesa Diretora, que institui o Centro de Memória da Câmara Municipal de Porto Alegre.

Estão suspensos os trabalhos e convocamos os Srs. Líderes para uma reunião.

 

(Suspendem-se os trabalhos às 16h23min.)

 

O SR. PRESIDENTE (Fernando Záchia – às 16h32min): Estão reabertos os trabalhos.

A seguinte ordem dos trabalhos foi sugerida pelas Lideranças: PLE nº 035/01; PLE nº 036/01; PR nº 111/01; PR nº 112/01; PELO nº 005/01; PLL nº 196/99 e PLCE nº 007/01.

Em votação o Requerimento das Lideranças que solicita a inversão da ordem de discussão na Ordem do Dia. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO com o voto contrário do Ver. João Antonio Dib.

A Mesa apregoa a Emenda nº 01, de autoria do Ver. Estilac Xavier, ao PLE nº 014/01, que dispõe sobre a liqüidação antecipada dos saldos devedores dos contratos habitacionais de recursos próprios do DEMHAB e dá outras providências.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte;

encaminhamento: bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. Nº 4455/01 - PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 035/01, que autoriza o Município de Porto Alegre a alienar 150.000 Ações Ordinárias Nominativas do BANESPA. Urgência.

 

Parecer Conjunto:

- da  CCJ, CEFOR e CUTHAB. Relator-Geral Ver. Elói Guimarães: pela aprovação do Projeto.

 

O SR. PRESIDENTE: Em discussão o PLE nº 035/01. (Pausa.) Encerrada a discussão. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO com o voto contrário do Ver. João Antonio Dib.

Requerimento, de autoria do Ver. Paulo Brum, que solicita a retirada de tramitação das Emendas nºs 02 e 03 ao PLL nº 196/99. Em votação o Requerimento de autoria do Ver. Paulo Brum. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO com o voto contrário dos Vereadores João Antonio Dib e Sebastião Melo.

Em votação, o Requerimento de autoria do Ver. Raul Carrion, que solicita a retirada das Emendas nºs 08 e 09 ao PLCE nº 007/01. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO por unanimidade.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte;

encaminhamento: bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. Nº 4494/01 - PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 036/01, que autoriza a abertura de créditos suplementares no Departamento Municipal de Limpeza Urbana e no Legislativo Municipal, no valor global de R$1.863.800,80, e dá outras providências. Urgência.

 

Parecer Conjunto:

- da  CCJ, CEFOR e CUTHAB. Relator-Geral Ver. Elói Guimarães: pela aprovação do Projeto.

 

Observação:

- para aprovação, voto favorável da maioria absoluta dos membros da CMPA - art. 122, III, da LOM.

 

O SR. PRESIDENTE (Fernando Záchia): Em discussão o PLE nº 036/01. (Pausa.) Encerrada a discussão. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO por unanimidade.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte;

encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC.  4539/01    PROJETO  DE  RESOLUÇÃO  Nº 111/01,  de autoria da Mesa Diretora que altera  a Resolução nº 1.533, de 11 de abril de 2001 - que extingue e cria cargos em comissão e funções gratificadas no Quadro de Cargos em Comissão e Funções Gratificadas da Câmara Municipal de Porto Alegre - dando nova redação à  Descrição Sintética e Analítica das Atribuições dos Cargos em Comissão de Coordenador de Relações Públicas e de Coordenador do Cerimonial.

 

Observação:

- dispensado de Parecer nos termos do art. 102, § 4º do Regimento da CMPA.

 

O SR. PRESIDENTE (Fernando Záchia): Em discussão o PR nº 111/01. (Pausa.) Encerrada a discussão. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO por unanimidade.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte;

encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. Nº 4540/01 - PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 112/01,  de autoria da Mesa Diretora, que altera  a Resolução nº 1.367, de 2 de janeiro de 1998 - que reorganiza os serviços da Câmara Municipal de Porto Alegre, estabelecendo sua estrutura organizacional - mediante extinção da Assessoria de Relações Públicas e Cerimonial, com a criação da Assessoria de Relações Públicas e da Assessoria de Cerimonial; e altera a Resolução nº 1.534, de 11 de abril de 2001, que altera a Resolução nº 1.367/98.

 

Observação:

- dispensado de Parecer nos termos do art. 102, § 4º, do Regimento da CMPA.

 

O SR. PRESIDENTE (Fernando Záchia): Em discussão o PR nº 112/01. (Pausa.) Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam, permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.

 

VOTAÇÃO NOMINAL

 

(encaminhamento: autor e bancadas/05minutos/sem aparte)

 

2º TURNO

 

PROC. 1504/01 – PROJETO DE EMENDA À LEI ORGÂNICA Nº 005/01, de autoria do Vereador Beto Moesch, que altera a redação do art. 240 da Lei Orgânica do Município de Porto Alegre e o art. 6º do Ato das Disposições Orgânicas Gerais e Transitórias. (área verde) Com Emenda nº 01.

 

Parecer:

- da Comissão Especial: Relator Ver. Sebastião Melo: pela aprovação do Projeto e da Emenda nº 01.

 

Observações:

- para aprovação, voto favorável de dois terços dos membros da CMPA, em ambos os turnos - art. 130 do Regimento da CMPA;

- votação nominal nos termos do art. 174, II, do Regimento da CMPA.

 

 O SR. PRESIDENTE: Em votação nominal, nos termos dos art. 174, II, do Regimento, o PELO nº 005/01. (Pausa.) (Após a apuração.) APROVADO por 29 votos SIM.

Em votação a Emenda nº 01 aposta ao PELO nº 005/01. (Pausa.) (Após a apuração.) APROVADA por 27 votos SIM.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte;

encaminhamento: bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. 3583/99 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 196/99, de autoria da Ver.ª Maristela Maffei, que disciplina, no Município de Porto Alegre, a venda a domicílio de gás engarrafado. Com Emendas nºs 01 a 03.

 

Pareceres:

- da  CCJ. Relator Ver. Estilac Xavier: pela aprovação do Projeto e das Emendas nºs 01, 02 e 03;

- da  CEFOR. Relator Ver. João Antonio Dib: pela aprovação do Projeto e das Emendas nºs 01, 02 e 03.

 

Observação:

- incluído na Ordem do Dia por força do art. 81 da LOM.

 

O SR. PRESIDENTE (Fernando Záchia): Em discussão o PLL nº 196/99. (Pausa.) Encerrada a discussão. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO, com o voto contrário do Ver. Sebastião Melo.

Em votação a Emenda nº 01 aposta ao PLL nº 196/99. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que a aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO por unanimidade.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte;

encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. 3939/01 - PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR DO EXECUTIVO Nº 007/01, que altera e acrescenta dispositivos às Leis Complementares nºs 07, de 07 de dezembro de 1973, e 48, de 28 de dezembro de 1979. Com Mensagens Retificativas nºs 01 e 02 e Emendas nºs 01 a 07. (IPTU Progressivo)

 

Pareceres:

- da CCJ. Relator Ver. Reginaldo Pujol: pela rejeição do Projeto, da Mensagem Retificativa nº 01 e das Emendas nºs 01 a 07;

- da CEFOR. Relator Ver. Antonio Hohlfeldt: pela rejeição do Projeto, da Mensagem Retificativa nº 01 e das Emendas nºs 01 a 07;

- da CEDECONDH. Relatora Ver.ª Helena Bonumá: pela aprovação do Projeto, da Mensagem Retificativa nº 01 e das Emendas nºs 01 a 07.

 .

Observações:

- para aprovação, voto favorável da maioria absoluta dos membros da CMPA - art. 82, § 1º, I, da LOM;

- incluído na Ordem do Dia por força do art. 81 da LOM.

 

O SR. PRESIDENTE (Fernando Záchia): Em discussão o PLCE nº 007/01. O Ver. Juarez Pinheiro está com a palavra para discutir.

 

O SR. JUAREZ PINHEIRO: Sr. Presidente, Sr.as Vereadoras e Srs. Vereadores, eu nunca leio as minhas intervenções, mas a importância deste momento, Ver. Pedro Américo Leal, fez com que este Vereador, hoje pela manhã, preparasse aquilo que tinha intenção de falar relativamente à questão do IPTU. (Lê.)

“A votação do Projeto de alteração do IPTU nesta semana, com a Mensagem Retificativa recentemente encaminhada, constituir-se-á num dos momentos mais marcantes deste Parlamento no presente exercício.” Ver. João Antonio Dib, “Diferentemente de outros tributos, indiretos e injustos, que oneram igualmente ricos, pobres e a classe média, cobrados a partir de fato gerador questionável e com fim único de financiar o pagamento de juros da dívida da União, constituída a partir de erros de ordem política e econômica, o IPTU é um imposto justo, que traz benefício para toda a Cidade. Trata-se de imposto direto, cuja incidência é proporcional à capacidade contributiva do cidadão. Por ser municipal, tem a totalidade de sua arrecadação aplicada, exclusivamente, no financiamento da Cidade, através de obras e serviços, que a maioria dos brasileiros - os que dependem do trabalho e não recebem reajustes - já estão com a sua capacidade contributiva esgotada.”

 

O Sr. Isaac Ainhorn? V. Ex.ª permite um aparte?

 

O SR. JUAREZ PINHEIRO: Todos sabemos, Ver. Isaac Ainhorn, que o texto é meio longo e eu peço que V. Ex.ª me perdoe. Eu sempre lhe concedo apartes, mas eu gostaria de continuar a ler. (Lê.) “Que a divisão da carga tributária é injusta, por penalizar mais o trabalho do que o capital, principalmente as grandes fortunas, também todos sabemos. Sabemos, igualmente” - Ver. Pedro Américo Leal -, “que os brasileiros estão inconformados com o destino de seus sacrifícios.” O que poucos sabem, porém, é que aqueles que não querem discutir o IPTU e procuram simplificar, que procuram reduzir, Ver. Luiz Braz, a discussão, são aqueles, em regra - não é o caso desta Câmara Municipal - que dão guarida para que impostos indiretos, que não são municipais, continuem sendo aplicados. A guarida que eu digo é a guarida política. Querer rebaixar essa discussão, não analisar o IPTU, é querer escamotear que 60% dos impostos ficam na União, 13% apenas com os municípios. Querer, de plano, afastar a discussão do IPTU, sem raciocinar que é um imposto direto, sem raciocinar que é um imposto, Ver.ª Sofia Cavedon, cuja arrecadação fica toda no Município, alegando, falsamente, por meio de envieses, por meio de uma tautologia que tem outros interesses, de que é aumento de imposto, é ir contra a Cidade. Aliás, o IPTU de Porto Alegre, comparado com as principais capitais brasileiras é um dos mais baratos.

Queremos dizer que: (Lê.) “O Projeto encaminhado à Câmara, isto não dizem, isenta do imposto, aproximadamente” – Ver. Humberto Goulart – “cento e dez mil economias.” Na Mensagem Retificativa, recentemente encaminhada, aproximadamente cento e dez mil unidades ficaram isentas. Na Mensagem Retificativa encaminhada, fica claro que nenhum contribuinte será onerado com aumento superior a 70%, como aqui já disse o Ver. Marcelo Danéris. A proposta tem dois objetivos básicos: é fazer justiça fiscal, porque, Ver. Humberto Goulart, esta Câmara tem de ter a responsabilidade de saber que tem uma Planta de Valores absolutamente defasada. Há imóveis que estão sendo avaliados por apenas 6% do seu valor, outros, 60%. Há pessoas proprietárias de imóveis de menor valor que pagam mais IPTU do que outras que são proprietárias de imóveis de maior valor! Será que essa irregularidade, será que essa regressividade fiscal ficará assim? A Câmara de Vereadores ficará inerte? Aceitará essa injustiça? E falarmos sobre IPTU progressivo nada mais nada menos é do que aplicar o que diz a Constituição na questão da isonomia. Isonomia é tratar de forma igual os iguais e de forma desigual os desiguais. O IPTU de Porto Alegre, comparado com Belo Horizonte, com Rio de Janeiro, com São Paulo, com Curitiba, é infinitamente menor. Mas este não é o principal problema, nós temos aqui uma Planta de Valores que é um absurdo, que traz regressividade fiscal, e esta Câmara de Vereadores, pela sua responsabilidade, pela sua importância, pela sua densidade, não poderá reduzir a discussão dizendo apenas que aumenta o imposto. Aumento para quem? Porque muitos, mais de cento e dez mil, ficam isentos, os aposentados até quatro salários mínimos, hoje apenas até três, que possuam um único imóvel, não pagarão IPTU. Há um limite, um redutor para que o aumento não seja superior a 70%.

Ver. João Bosco Vaz, essa proposta sei que vai merecer desta Casa a devida apreciação. É da nossa responsabilidade fazer. Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTA (Helena Bonumá): O Ver. Luiz Braz está com a palavra para discutir o PLCE nº 007/01.

 

O SR. LUIZ BRAZ: Sr.ª Presidenta, Srs. Vereadores, Sr.as Vereadoras, resolvi vir à tribuna porque, ao ouvir o Ver. Juarez Pinheiro, e já várias vezes teci elogios aos conhecimentos do Ver. Juarez Pinheiro, mas ele, no seu afã de mostrar que o Projeto é bom, no meu entender, cometeu duas falhas, que são falhas imperdoáveis, quando nós analisamos tributos.

Primeiramente, o Ver. Juarez Pinheiro, quando estava fazendo a sua exposição, disse que o IPTU deve levar em consideração a capacidade contributiva da pessoa. Não é verdade isso; o IPTU está na categoria dos impostos reais, é diferentes da categoria dos impostos pessoais. O Imposto de Renda, por exemplo, Ver. Sebastião Melo, é um imposto pessoal, o Imposto de Renda leva em consideração a capacidade contributiva do cidadão. Esta é uma divisão que não fui eu que fiz. As pessoas que cobram impostos é que fazem essa divisão. Nós apenas tomamos conhecimento, estudamos e nos aprofundamos sobre isso. Então, o Imposto de Renda é um imposto pessoal. Eu posso fazer justiça tributária por intermédio do Imposto de Renda, porque posso cobrar, por exemplo, por meio do Imposto de Renda, várias alíquotas diferenciadas, levando em consideração a capacidade contributiva de cada cidadão, e estou trabalhando em cima de justiça tributária.

No caso do IPTU, por ser um imposto real, leva-se em consideração o bem imóvel. Todos os impostos reais são cobrados sobre o objeto, não levam em consideração a capacidade contributiva, porque, senão, eles ferem o princípio que está na Constituição, no art. 146. Basta vermos o § 1º do art. 146, que fala sobre os impostos pessoais. Então, para não ferir os princípios, o IPTU tem que, realmente, ser cobrado sobre a base de cálculos para a sua cobrança, que é o imóvel.

Só vim à tribuna, porque considero muito o Ver. Juarez Pinheiro. Sei que ele tem um grande conhecimento na área do Direito, só que, nesta área tributária, quando ele estava fazendo a sustentação do que é o IPTU, no meu modo de ver, acredito que ele tenha cometido esta falha, e, quando vamos analisar, já que queremos fazer justiça sobre o Projeto, e vamos discutir os vários pontos do Projeto, temos que discutir sobre as bases reais.

 

O Sr. Juarez Pinheiro: V. Ex.ª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Luiz Braz, esta tradição do Direito Romano, de direito real e direito pessoal, ela não se transmite para a questão tributária, quero fazer esta observação, em conformidade com as disposições do art. 130. A responsabilidade do tributo, mesmo incidindo sobre o patrimônio, é pessoal. Mas é uma discussão que existe na doutrina. V. Ex.ª adota uma escola e eu adoto outra. Obrigado.

 

O SR. LUIZ BRAZ: Ver. Juarez Pinheiro, todos os grandes tributaristas que eu conheço, e li obras de vários tributaristas, todos eles adotam essa divisão. Discordo de Vossa Excelência: não existe nenhuma discussão doutrinária capaz, realmente, de causar uma separação entre duas correntes que acreditam que o imposto real, como é o caso do IPTU, possa realmente levar em consideração a capacidade contributiva das pessoas. Sabe que eu respeito muito V. Ex.ª, mas não existe esta discussão doutrinária, ela inexiste. A discussão que existe, que pode existir, é entre o que é o imposto real e o que é o imposto pessoal. E o IPTU está exatamente colocado entre os impostos considerados impostos reais, que é o imposto que recai sobre os objetos. Até porque, Ver. Elói Guimarães, V. Ex.ª, que é Presidente da Comissão de Justiça, quando nós analisamos o IPTU aqui, quando nós vamos votar o IPTU, não pode importar a capacidade contributiva da pessoa, porque, de repente, alguém recebeu uma herança, essa pessoa não tem nenhuma capacidade contributiva, mas ela tem um imóvel que vale bastante. E nós aqui não podemos, por causa disso, dizer: “Não, ela não vai pagar o imposto sobre o que vale o seu imóvel, porque ela não tem capacidade contributiva.” Não, nós não podemos falar isso, porque estaríamos cometendo uma heresia, estaríamos destruindo aquilo que é o princípio em que se baseia esse imposto.

Então, eu acho que, para começar esta discussão, nós temos que norteá-la bem. Acho que temos que já adotarmos o princípio correto, que é o do imposto real, não é a da capacidade contributiva. Aliás, várias vezes, eu vi, na Exposição de Motivos que embasou o Projeto que veio para cá, Ver. Juarez, que, realmente, quem mandou o projeto aqui para a nossa Casa, o embasou, o Sr. Prefeito Municipal, várias vezes, embasou o seu raciocínio como se o imposto fosse um imposto pessoal, mas eu acho que temos que partir do princípio, antes de começarmos a discussão sobre os vários ângulos desse Projeto, de que este é um imposto real e assim ele deve ser tratado. Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Paulo Brum): O Ver. Adeli Sell está com a palavra para discutir o PLCE nº 007/01.

 

O SR. ADELI SELL: Sr. Presidente e Srs. Vereadores, antes de mais nada, é preciso salientar o que, sem dúvida nenhuma, todos os Vereadores e Vereadoras sabem: o sistema tributário brasileiro é injusto, é desumano, penaliza aqueles que menos podem e que menos têm. Os que menos têm vão ao supermercado e pagam igual tributo de ICMS que um rico paga. Qualquer produto que é comprado tem o mesmo tributo. Quando nós temos um imposto que é cobrado sobre a renda, temos essa miscelânea que a cada ano os governos que se sucedem apresentam à Nação. Mais dinheiro tirado de quem é facilmente localizado.

Esse é o problema do Brasil. É tributado, é penalizado quem está registrado, quem está legalizado. Quem não está na legalidade tem as benesses, vemos isso nas ruas da Cidade; vemos isso nos parques, quando se montam verdadeiros shopping centers piratas, vendendo produtos contrabandeados, produtos completamente ilegais, não sei como entram no Estado. As páginas nos jornais estão aí para dizer o que eu há cinco anos venho colocando nesta Casa. Mas nós já fizemos justiça aqui nesta Casa, quando, em 1999, discutimos o ISSQN, diminuímos alíquotas. E fica-se falando aos quatro ventos que Porto Alegre tem as alíquotas mais altas do País. Não é verdade. Pessoas da Câmara de Vereadores de Santa Catarina procuravam-nos na semana passada para discutir a modificação que nós fizemos no ISSQN, aqui em Porto Alegre, dos serviços terceirizados. Fizemos isonomia entre hotéis, flats e apart-hotéis. Justiça tributária! Nós não somos pela concorrência desleal, como está sendo feita hoje em vários lugares. O IPTU é mais caro na praia, por quê? Qual a razão? O que têm algumas praias do nosso litoral? O que tem Cidreira? Não tem nada, é o caos. Aqui nós temos obras importantes que servem para quem mora aqui e para quem vem de fora. Porto Alegre é exemplo nesse sentido. Curitiba cobra mais, Belo Horizonte cobra mais.

Nós queremos discutir, sim, o IPTU, mas não queremos discutir as exceções. Se uma pessoa ganhou uma herança, é uma exceção. Não vamos discutir exceções. Nós estamos discutindo universalidade; estamos discutindo regras gerais que valem para todo mundo. Agora, minhas senhoras e meus senhores, alardear pela Cidade que o IPTU vai subir para Deus e todo o mundo, que a classe média vai ser penalizada! E o movimento contra o Imposto de Renda, que penalizou a classe média barbaramente nesses últimos dias? Onde estava esse mesmo movimento? Onde estavam essas mesmas entidades? Onde estavam essas mesmas senhoras e senhores? Nós queremos o verdadeiro debate.

Há pouco tempo para o debate, desde o dia 28 de setembro. Só que esse é um debate recorrente em todos os cantos da Cidade, neste Parlamento, como em qualquer Parlamento. São assuntos de domínio de todos os Vereadores! Isso não é desculpa! Nós estamos preservando a área rural de Porto Alegre ao isentarmos aqueles que plantam até 30 hectares. Mas as colônias do interior são de 24 hectares, em regra geral. Aqui, estamos isentando até 30. Por que nunca houve movimento contra o ITR? Eu não entendo. Contra o ITR não se fazia movimento! Não se faz movimento! E aqui se faz a respeito de IPTU rural, que queremos isentar para termos produção de flores, hortifrutigranjeiros, que nós sustentamos, que nós defendemos aqui na Cidade! Nós fizemos cálculos de IPTU e mostramos em artigos para jornais, em folhetos, que a Planta é iníqua; ela é desigual; ela não reflete 2000, 2001, porque ela é de 1989, 1990, 1991.

A Cidade mudou, melhorou. Precisamos cobrar de quem tem propriedades valorizadas! Esse debate deve continuar hoje, quarta-feira, e temos de dar uma Planta de Valores para Porto Alegre que seja a Planta de Valores real sobre o valor venal dos imóveis.

Sr. Presidente, muito obrigado pela tolerância do tempo. Eu acredito que as pessoas vão pensar; estão pensando. Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Paulo Brum): O Ver. Luiz Braz está com a palavra para discutir o PLCE nº 007/01 por cessão de tempo do Ver. Paulo Brum.

 

O SR. LUIZ BRAZ: Sr. Presidente, Sr.as Vereadoras e Srs. Vereadores, em primeiro lugar, agradecer a cedência de tempo ao Ver. Paulo Brum. A primeira discussão que nós precisávamos fazer foi aquela da primeira intervenção, quando se discutiu a tese - e o Ver. Juarez Pinheiro também trouxe aqui a opinião que ele estudou juntamente com a sua Bancada - que é sobre imposto real e imposto pessoal. Eu disse, e reafirmo, que os doutrinadores, todos que eu conheço, exatamente fazem essa divisão e colocam o IPTU na categoria dos impostos reais. Uma outra discussão é relacionada com a constitucionalidade do Projeto, e essa discussão apavora mais, porque eu lembro que, com relação ao imposto aprovado por esta Casa, em 1998, o Município acabou premiando algumas pessoas que são milionárias, que são proprietárias de grandes extensões de terra, exatamente porque foi aprovado por esta Casa um texto enviado pelo Executivo, um texto considerado inconstitucional. Aliás, não foi de 1998, ele já se baseava em anos anteriores, mas eu sei que a ação acabou explodindo em 1998, quando aquele imposto foi considerado inconstitucional. Em algumas empresas... Citei aqui inclusive as Máquinas Condor, que deveriam pagar bastante para o Município - lembro-me que o cálculo do Município ficaria em torno de 6 milhões de reais -, essas empresas acabaram pagando a quantia que elas arbitraram depois, de acordo com o cálculo que elas fizeram, porque o imposto foi considerado inconstitucional. Mais uma vez nós estamos, eu acredito, legislando no terreno da inconstitucionalidade. Eu já alertei, o art. 156 da nova redação que foi dada pela Emenda Constitucional nº 29 traz as possibilidades de progressividade no meio urbano. Ela diz assim: no § 1º, nos incisos I e II... No inciso I, do art. 156, § 1º diz que é possível a progressividade através do valor do imóvel, levando-se em consideração o valor do imóvel. É o que diz o inciso I; mas, no inciso II, existe a limitação dessa progressividade. Diz assim: que “as alíquotas só podem ser diferentes, em função do uso do imóvel e em função da localização do imóvel”. Ora, o que acontece no Projeto que veio para esta Casa? No Projeto que temos aqui, o qual estamos analisando, nós temos várias alíquotas diferenciadas para um mesmo local. O que o legislador quis fazer com essa progressividade, em função da localização do imóvel, é o seguinte: por exemplo, um imóvel localizado na Restinga pode ter uma alíquota menor do que a de um imóvel que está situado no Bairro Moinhos de Vento, mas os imóveis situados no Bairro Moinhos de Vento têm que ter uma mesma alíquota, porque estão em uma mesma situação geográfica, em um mesmo local. Nós não podemos ter, para um mesmo local, uma variedade de alíquotas, porque o Projeto vai ser considerado inconstitucional. Eu tenho isto: a inconstitucionalidade será apontada apenas em função dos princípios, do ferimento do princípio, porque existe o princípio, lá do art. 146, que está sendo ferido, é o caso, por exemplo, de levar em consideração a capacidade contributiva, quando se mandou o Projeto, mas eu tenho a impressão de que, Ver. Pedro Américo Leal, a Emenda nº 29, que introduziu a nova redação do art. 156, da Constituição, ela vai fazer, com o aprofundamento da discussão, com que a inconstitucionalidade do texto enviado para a Casa fique extremamente flagrante, e aí nós vamos reproduzir aquela situação que já temos hoje dentro do nosso Município, ou seja, os ricos continuam não pagando imposto, porque vão discutir a constitucionalidade, e os mais pobres não pagam, porque estão isentos e até aumentou o seu campo de isenção.

 

O Sr. Juarez Pinheiro: V. Ex.ª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Luiz Braz, V. Ex.ª trouxe à colação a discussão que estabeleceu em 1998, relativamente à constitucionalidade daquela Legislação, apenas, naquele momento, não existia o art. 156 da Constituição Federal, que dá absoluta constitucionalidade à progressividade na cobrança desse tributo. Portanto, V. Ex.ª labora bem se voltar há três anos, agora, o advento da Emenda Constitucional nº 29 mudou esse quadro jurídico, e a intenção a mens legis dos nossos constituintes foi exatamente essa de possibilitar a questão da progressividade, porque a base da Constituição é o princípio da isonomia, que é tratar de forma igual os iguais e de forma desigual os desiguais.

Portanto, penso que o raciocínio de V. Ex.ª aplicar-se-ia em uma outra etapa da vida nacional, e não nesta com a Emenda Constitucional nº 29.

 

O SR. LUIZ BRAZ: Aquela inconstitucionalidade foi discutida em relação ao art. 182, que tem a mesma redação, que é o problema da especulação imobiliária, são os terrenos que estão espalhados pela nossa Cidade e, de repente, esses terrenos pagavam um alíquota baixa. Então, foi permitido, de acordo com o art. 182, que, na progressividade, através do tempo, pudesse, até, num determinado lapso de tempo, se tomar este terreno do proprietário, se ele não fizesse nada. Esta foi a argüição de inconstitucionalidade daquele projeto antigo, baseado no art. 182 da Constituição.

A nova redação do art. 156 que, exatamente, tenta implantar uma progressividade é ainda uma redação que ainda tem sérias dúvidas a serem resolvidas apesar de estar dando nova redação ao art. 156. Mas, se V. Ex.ª atentar para a redação do art. 156 do § 1º neste inciso II, V. Ex.ª vai ver que ele inibe que várias alíquotas possam ser cobradas em um mesmo local. O art. 156, neste inciso II, é perfeito, ele permite que as alíquotas diferenciadas sejam em função de locais diferentes. Mas esta é uma discussão que nós vamos levar no transcurso da aprovação ou não deste Projeto de Lei, a fim de que nós possamos, quem sabe, no final, chegar a um texto melhor do que este que aí está, porque este, eu acredito, é um texto que traz prejuízo para a sociedade. Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Paulo Brum): O Ver. Sebastião Melo está com a palavra para discutir o PLCE nº 007/01.

 

O SR. SEBASTIÃO MELO: Sr. Presidente, Sr.as Vereadoras e Srs. Vereadores, estamos, aqui, nesta segunda-feira, a discutir, na nossa avaliação, Projeto de maior repercussão deste ano para a nossa Cidade, porque trata do aumento de impostos relativos aos prédios urbanos. Antes de chegarmos à questão do Município, eu quero aqui também fazer coro àquilo que eu ouvi de alguns Vereadores que passaram por esta tribuna. Nós temos no nosso País uma injustiça tributária muito grande. O Município é a célula onde os problemas do dia-a-dia da municipalidade acontecem, desde o internamento, ao emprego, à segurança pública e a todas as demais demandas do dia-a-dia da sociedade. E, ao longo do tempo, a União vem transferindo responsabilidade aos municípios e, ao mesmo tempo, não transfere os recursos para as grandes questões do dia-a-dia dos municípios. Tanto é que basta olhar o bolo tributário: mais de 60% de tudo o que se arrecada no País vai para a União; quase 20% para os Estados, e 13, 14% para os municípios. Como administrar tamanhos problemas com tão poucos recursos?

Para as capitais dos Estados difere um pouco dos municípios, porque a Constituição de 1988, a reforma tributária que a Constituição Federal fez, trouxe aos municípios, Ver. João Antonio Dib - e V. Ex.ª foi Prefeito desta Cidade - um aporte de recursos significativos. Portanto, quem administrou Porto Alegre, antes de 1988, teve um Orçamento completamente diferente do Orçamento a partir de 1988.

Ora, se por um lado a Constituição Federal trouxe reforma tributária aos municípios, especialmente às capitais brasileiras, a frente política que hoje continua governando, por esse período de 13 anos, o Município de Porto Alegre também procedeu a uma reforma tributária em nível municipal no ano de 1989, inclusive culminando com a revisão da Planta dos Valores venais dos imóveis em 1991, e que foi reajustada em 1999 de acordo com disposição da inflação.

Então, a primeira questão que eu quero responder ao Ver. Adeli Sell, o que V. Ex.ª colocou aqui é relativamente verdadeiro, ou seja, essa Administração já teve a oportunidade de avaliar, de reavaliar a Planta de Valores de 1989 votada em 1991, e teve um reajuste referente à inflação em 1999.

Então, esta é a primeira questão para não passar, para não transitar em julgado. Agora, a questão, Ver. Adeli Sell, não é a questão se o Projeto é justo ou injusto, se é discutir o conjunto e não discutir o individual: é que existe uma contradição básica nessa questão, e isso há que se deixar sublinhado quando se discute, Vereador Presidente Paulo Brum, essa matéria. Esta Cidade tem pautado os seus atos com a discussão de todas as suas obras públicas com o conjunto da Cidade. Ora, para fazer meio metro de asfalto no Lami, tem de passar pelo Orçamento Participativo; para fazer a obra no Sarandi, tem de passar pelo Orçamento Participativo. Agora, quando eu quero aumentar impostos na Cidade, eu não consulto a municipalidade. Então, essa é a primeira e grande contradição que tenho que deixar. Eu não consulto a municipalidade e mando o Projeto no início de outubro, quando nós estamos a votar o Orçamento do Município, que é uma peça extremamente importante para a Cidade.

Evidentemente que o IPTU não foi discutido, porque havia um prazo para votar o Orçamento, que era até o dia 30. Ora, se não se discutiu o IPTU, o IPTU passa a ser discutido de dez a quinze dias para cá. E agora, na sexta-feira, quando faltam cinco dias para deliberar sobre a matéria, o Sr. Prefeito manda uma Mensagem Retificativa confessando aquilo que a oposição já havia dito: que teríamos, Ver.ª Sofia Cavedon, em determinados casos - e está lá a declaração do Sr. José Eduardo Utzig, no jornal Zero Hora de sexta-feira -, imóveis com aumento de mais de 1.000%, confessando aquilo que nós já havíamos dito desta tribuna.

O que eu quero dizer, Sr. Presidente e Srs. Vereadores, é que essa matéria não pode ser discutida em cinco minutos, eu queria fazer uma abordagem muito profunda sobre essa questão do IPTU rural, da zona rural, porque eu penso que o Governo já deveria ter encaminhado essa matéria para a Câmara há muito mais tempo, porque o Plano Diretor estabeleceu isso em março do ano 2000, e agora ele coloca como moeda de troca, dentro, essa questão do IPTU rural.

Então, é evidente que vou voltar a essa matéria. O tempo é curto. Quero dizer, Ver. Estilac Xavier, que eu penso que os senhores, que são do Governo, não vão deixar de reconhecer isto: se o Prefeito quisesse estabelecer um debate profundo sobre essa matéria, não teria mandado esse Projeto no final do ano; teria mandado esse Projeto em março. Com certeza esta Câmara, responsável, teria constituído uma Comissão Especial, teria debatido com a sociedade, com os empresários, com os trabalhadores, com os inquilinos, com as donas-de-casa, e, hoje, Ver. Pedro Américo Leal, poderia votar com tranqüilidade. Não dá para votar uma matéria dessas, Ver. João Antonio Dib, de afogadilho, não há como votar. Na verdade, é muito difícil analisar esse Projeto com esse exíguo tempo para o debate na Câmara de Vereadores. Muito obrigado.

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Paulo Brum): A Mesa apregoa Emenda nº 10 ao PLCE nº 007/01.

A Ver.ª Sofia Cavedon está com a palavra para discutir o PLCE nº 007/01.

 

 A SRA. SOFIA CAVEDON: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, sempre é polêmica essa questão do IPTU, mas, mais do que a preocupação - e a polêmica vem disso, sempre, com certeza - de haver aumento de impostos, nós devíamos ter a preocupação de fazer justiça social.

Eu tenho certeza de que esta Câmara tem essa preocupação, e o Ver. Sebastião Melo terminou falando do aumento de mais de 1.000%, e eu queria dizer que isso é uma das contribuições necessárias e importantes que um grupo plural, como este, e com divergências políticas, traz ao Governo Municipal e à Cidade. A Mensagem Retificativa do Prefeito ao Projeto do IPTU incorpora alertas e contradições que os Vereadores da Câmara trouxeram para o debate.

Essa questão do freio - quero chamar a atenção para isso - do limitador de reajuste, o Governo aceitar, incorporar e enviar à Câmara não significa o Governo dizer: “Olhem, nós estávamos errados e praticaríamos injustiça e elevaríamos extremamente o imposto de algumas pessoas.” Não! É importante que fique claro que há imóveis com valor muito baixo.

Bom, foi demonstrado, aqui, para os Vereadores, e a população tem que saber: nós temos imóveis avaliados em 6% do valor do imóvel, que se calcula IPTU sobre 6% do valor do imóvel, e outros sobre até 60% do valor do imóvel. Então, nós temos imóveis do mesmo valor pagando muito diferenciadamente, o que é completamente injusto, e, para chegar mais perto, 1.000%; às vezes, não significa nada no bolso do proprietário do imóvel. Mil por cento sobre 5 reais, 1.000 % sobre 10 reais, sobre 3 reais, como há imóveis que pagam. Esse detalhe é importante. Não é o Governo dizendo: “Não, nós íamos aumentar exacerbadamente; nós íamos aumentar para os imóveis muito defasados”. Isso não é bom para nenhum cidadão, não é bom para a Cidade. A nossa capacidade de financiar uma cidade com boas condições de circulação, de saúde e educação, com uma ação social forte, depende da nossa capacidade arrecadadora. É importante nos darmos conta disso e pensarmos com responsabilidade.

O Governo Municipal aceita a ponderação da oposição, dos Vereadores da Casa de que o impacto é muito grande sobre as pessoas que pagavam “x” e terão que pagar mil “x” a mais. O Governo Municipal incorpora o que a oposição, responsavelmente, traz para nós, com o freio de 70%, com cinco anos para incorporar, para chegar num valor real, justo, do IPTU. É importante o diálogo que se coloca, que está em curso, importante para a Cidade, importante para o financiamento da Cidade, importante para continuarmos a buscar a melhor forma de arrecadar impostos, assim como se busca intensivamente a melhor forma de gastar esses impostos. Isso é fundamental também deixarmos claro.

Nós temos que comemorar, porque o imposto da Cidade de Porto Alegre é um imposto que se sabe para o que é utilizado, é um imposto que se tem, sim, como verificar.

A grande queixa da Cidade é sobre as inúmeras obras; de todos os lados nós temos problemas com o trânsito, com as obras. A Cidade é uma cidade em melhoria constante, ninguém pode negar. Nós temos capacidade de investimento, porque somos uma Cidade que contribui. Nós temos hoje mais do que 50% do financiamento da Cidade com impostos próprios. Porto Alegre não estaria na condição de pujança que tem, com a capacidade de buscar, inclusive, investimentos do tamanho que está buscando para tratar o esgoto, para chegar a 70% de esgoto tratado na Cidade. Nós teremos o índice de Primeiro Mundo recuperando a água do Guaíba. Só conseguiremos isso - com certeza conseguiremos - pela nossa capacidade contributiva, com o equilíbrio que esta Cidade tem das suas contas. O investimento que estamos buscando para a habitação para entrar na Cidade - são 55 milhões de reais - só se consegue com isso.

Portanto, é isso que discutimos quando falamos em IPTU. Quando falamos em IPTU progressivo, falamos que alguns têm mais capacidade de contribuir com esta Cidade e outros têm menos capacidade. E se nós consideramos que todos devem pagar proporcionalmente a mesma coisa, nós penalizamos quem tem menos capacidade contributiva. Estar ampliando isenções, como vem na Mensagem Retificativa – cento e vinte mil imóveis não pagarão impostos -, para alguns, vejam, 5% apenas, só quem tem imóveis com valor maior de 190 mil reais terá aumento de alíquota. Esse é um dado importante. É um percentual de 5% da população que não vai ter queda de qualidade de vida porque vai pagar um pouco mais e vai possibilitar que quem não tem condição de contribuir com a Cidade, que mal e mal consegue sobreviver do seu salário, da sua renda, não precise contribuir.

Parece que a Cidade de Porto Alegre tem condições de fazer este gesto, regularizar e resolver problemas de distorções que temos sobre o IPTU. Esta é a nossa aposta. Muito obrigada.

 

(Não revisto pela oradora.)

 

O SR. PRESIDENTE (Paulo Brum): Sr.as Vereadoras, e Srs. Vereadores, visualmente não há mais quórum para prosseguirmos a presente Sessão.

O Ver. João Antonio Dib solicita verificação de quórum. (Após a verificação de quórum.) Há quatro Vereadores presentes.

Estão encerrados os trabalhos da presente Sessão.

 

(Encerra-se a Sessão às 17h28min.)

 

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